sexta-feira, março 30, 2007

Pôr do sol

Geralmente só colocamos aqui rabiscos escritos pela equipe, porém essa exceção tinha que ser aberta para uma amiga nossa, que escreveu um rabisco lindo. Leia e comente. ;o)


Por Luiza Aires

Vivo a contradição de um sorriso que não sei se é meu.
Sonho uma realidade que não é minha.
Os olhos ainda brilham, enxergam as estrelas e não se esquecem das noites.
Ah..! Os momentos... Pequenos aqueles nos intervalos e gigantes nos significados.
A vontade de cantar ressurgiu daquele canto escuro e tímido, calado.
A voz não se cala.
Mas ela tem motivo para falar?
Teria o sorriso motivo para iluminar o dia de alguém?
O sol somente se põe por enquanto...
Mas o vento, a chuva e a lua me disseram:
“Sua natureza humana já era assim... Só precisava descobrir um sol no horizonte... E ele ainda fará dos seus dias os mais vivos...”
Acredito?

quinta-feira, março 29, 2007

Paradoxal

Por Keissy Carvelli

Sou a ovelha desgarrada do rebanho, negra adjetivada e rotulada entre ações mal vistas e analisadas de perto, onde eu corro e sou a contra-maré, o anormal e fora do padrão, e mesmo que seja redundante, o fato é somar significados e marcações.
Sou a dona prioritária de pensamentos peculiares onde não existe um todo, tampouco uma regra geral, não há certezas; são contradições efêmeras presas num imenso paradoxo de mim mesma, e os travessões dão voz a divagações e indagações com ou sem ponto de interrogação.
São dois ou três parágrafos resumindo mais uma intervenção humana na idéia própria do seu eu mais externo, vindo de fora para dentro, sem saber ao certo que é o ponto de partida, o de chegada, ou até mesmo se existe um ponto médio, onde tudo se equilibra.

quarta-feira, março 28, 2007

Papel e lápis

por Gleice Couto

Papel e lápis
Talvez seja tudo o que preciso
Talvez liberte certas contradições
Escondidas em pensamentos alheios
Vazios e cheios
Talvez seja uma questão de opinião
Talvez prenda nossas vocações
Achadas em prateleiras sujas
Calada e muda
Talvez consiga exprimir o que sinto
Talvez faça eu correr e esquecer
Escondida, fico longe do sol escuro
Paredes e muros
Talvez cerceiem minha liberdade de expressão
Talvez barrem sentimentos ruins
Achados num lugar ausente
Úmido e quente

...

por Keissy Carvelli

Chego perto do Jornal da Globo, não durmo sem o Jô e acordo quando o sol já está quase na metade de seu percurso. Tudo é feito com vontade, até mesmo arrisco uma ou outra receita na cozinha, e as tardes são muito bem utilizadas, obrigada!


E ainda me resta tempo para escrever bobagens em rede virtual!

domingo, março 25, 2007

Imaginações Desvairadas

por Keissy Carvelli

Por onde anda aquela paixão desfreada
Desvairada e perdida entre loucuras?
Aquele frio ardente de sussurros
De sorrisos e feições imaginárias?

Por onde anda o louco descabido

Sonhador de mundos perfeitos
Amadores profissionais de amores
Poetas idealizadores de sonetos?

Aqueles versos vazios

Continuam sem linhas
E sem rimas
Sem sombras nem cores

Sou eu sem o mesmo

Nem fim, nem começo
Nem traço, nem laço
Ponto.

sábado, março 24, 2007

Não Se Importando

por Gleice Couto

Sentimentos fortes em uma mente confusa
Razoes desconhecidas de uma causa escusa
Rompendo as barreiras da vida
Entrando em uma floresta perdida
Equilibrando-se em um barbante
Não se importando se a queda é grande

Paixão e ódio, pecado e virtude – tudo se mistura
Atos egoístas que trouxeram a sua cura
Transformando o tédio em coragem
Fazendo algo completamente selvagem
Se torturando sem motivo
Não se importando com o que já havia vivido

Palavras esquecidas que ninguém usa
Sons distantes que ninguém escuta
Fugindo de supostos desafios
Carregando para si, a culpa e o alivio
Se segurando para se deixar ir
Não se importando com quem fica aqui


[ obs: não reparem na simplicidade, eu tinha apenas 15 aninhos quando escrevi esse rabisco. mesmo asism é um dos meus preferidos. :o) ]

Sen-ti-mentos opostos

por Keissy Carvelli, 24 de março, às 01:31

Deixo todas as palavras de lado e me entrego ao meu profundo silêncio que não me leva a lugar nenhum; prendo meu riso sem precisar exercer qualquer esforço, e deixo vagando em mim mesma o meu "eu" perdido em todos os sentimentos contraditórios habitados no meu próprio peito.
Sujo as mãos com a lama fria das incertezas, do tempo que insite em não passar, e das caricaturas mal feitas do ontem, do outrora e do agora. Meus olhos secos e rígidos de desânimo fecham-se no momento súbito do pensamento negativo, e sorriem pela pequena fatia de um pedaço de voz distante do outro lado dizendo frases soltas e trêmulas.
Durmo sempre na calada da madrugada, onde me junto a ela em seu silêncio brutal, em seus choros serenos, em suas luas cheias, em seus céus vazios, em suas estrelas passageiras, em suas contradições e junções de sentidos e memórias.
Sou eu contra eu mesma, a vírgula contra o ponto final, o período contra a oração, o soneto contra a canção. Sou eu contra eu mesma, e mais ninguém!


sexta-feira, março 23, 2007

Me explica...

por Luisa Cabrini

Primeiro post! *emoção*

Cena 1: ELE e ELA na casa dela conversando.

_Você sabe o quanto é especial na minha vida, não sabe?

_Não sei... eu sou??? – “Meu Deus e você não sabe o quanto eu te amo!!! Será que hoje rola?”

_Claro que é !!! Você é aquela amiga que vai estar pra sempre no coração!! Que eu sei que posso contar sempre!!!

*cara de decepção da parte dela*

_O que foi??? – pergunta desconfiado.

*sorriso forçado*

_Nada não... você também é especial pra mim...

Se abraçam.

_Bom, agora eu tenho que ir, vou trabalhar daqui a pouco...

Se despedem com beijinho no rosto.

_Tá... bom trabalho...

_Valeu!!

Enquanto ele se distancia, uma lágrima teima em percorrer o rosto dela.

Cena 2: ELA e AMIGA andando na Avenida

_Eu não sei mais o que eu faço... o que eu penso... odeio a faculdade que eu faço e, conseqüentemente, o estágio, não quero mais morar com os meus pais, meu ex-namorado não larga do meu pé e eu to angustiada porque me apaixonei pelo meu amigo!!!!

_Meu... é um saco mesmo... mas tenta relaxar!! Não fica pensando muito nisso, Lei de Murphy vai acabar piorando a situação e você sabe!!

_Mas AMIGA... não tem como piorar...

Ela tropeça. Olha pra sandália. Tinha arrebentado.

_Bom... acho que tem sim... NÃO ACREDITO!!!!!!!!!!! E agora? são 20 minutos até em casa!

_Calma ELA... nossa, mas que lei de murphy mesmo!! E agora? Vai, vamos andando devagar... você consegue??

Ela tenta em vão andar certo com a sandália arrebentada. Se irrita. Sente algumas gotinhas caindo do céu. Olha pra AMIGA.

_Era só o que faltava....

De repente. A chuva desaba.

_CORRE... o ponto de ônibus!!!

ELA tira a sandália e sai correndo com a AMIGA pelo meio da avenida.



Cena 3: um grande vazio.

quinta-feira, março 22, 2007

Trecho

por Keissy Carvelli

"É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para vê-la"

[Trecho de um poema de algum cara com sobrenome Azevedo, do qual o primeiro nome me fugiu neste instante! ]

domingo, março 18, 2007

"Bushismo"

Por Keissy Carvelli

Então o Saddam é enforcado "legalmente" no país inimigo por ter matado em seu prórpio país milhares de pessoas...
Quantos soldados americanos e iraquianos estão sendo mortos por uma guerra sem fundamento mesmo? Ah, é o Bush...ele mata quem quer pelo bem geral do mundo!!

A notícia é velha, mas eu ainda não me conformo!!

sábado, março 17, 2007

Todo mundo espera alguma coisa...

por Keissy Carvelli

Sábado beirando a meia noite e eu em plena sanidade, sem nenhum gole de vodcka, nenhum cigarro, nenhum som de house tocando ao fundo.
Assisto um programa patético de humor sem dar qualquer risada, enquanto metade da turma faz jus aos rótulos e bebe em alguma festa perdida e alternativa por aí. A empolgação eu tenho, faltou a grana.
Até meu fígado sente falta de algo, não só do alcool e das peripécias e travessuras que a madrugada promete, mas do convívio diário, do som alto, e das atitudes desmedidas de receios, dos olhares despreocupados da existência de conhecidos, do sol nascendo enquanto voltamos pra casa.

Preciso beber!

Risco de deixar ser

por Gleice Couto

Algumas coisas chegam sorrateiramente
Escondem-se em lugares que você jamais pensou que poderiam existir
Que você jamais ousaria acreditar
Junta-se a fantasias apagadas pela memória.

No início, você acha algo natural, sem importância
Apenas sentimentos não liberados
Fugitivos...
Mal-educados...
Esquecidos...
Emoções pegando poeira junto com seus livros nunca lidos.

Então, eles começam a crescer..,
Gradativamente
Pouco a pouco começam a te incomodar
Querem ver a luz do sol
Querem sentir o calor sob sua pele
Revelar a sua verdade crua.

Não deixar escapar...
Não deixar transparecer...
Não querer errar...
Não querer perder...
Risco de deixar ser...


[ quer entender? --> www.fotolog.com/gleicecouto ]

sexta-feira, março 16, 2007

Alucinações

por Keissy Carvelli

Você já acordou algum dia, olhou para o lado e viu a pessoa dos seus sonhos dormindo ali, em seus braços, respirando e vivendo o mesmo ar, os mesmos beijos e anseios?

Pois vou te contar um segredo: é a sensação mais incrível e indescritível que possa existir.

Uma comparação: é como pular de pára-quedas, todos os sentimentos e sentidos te invadem num mesmo instante, é a liberdade de mãos dadas com os sorrisos espontâneos, a vontade de gritar dançando ao lado da insanidade, é o grande medo de outrora transformado num pequeno pontinho invisível, porém presente, diante de tamanha façanha!

Eu nunca pulei de pára-quedas!

quinta-feira, março 15, 2007

Sinais

por Keissy Carvelli

Os segundos agora se arrastam feito dias, as horas feito meses, e a falta que me sobra invade meus olhos imersos em lágrimas caindo no travesseiro amassado e solitário sem você. Apego-me intensamente a pequenos objetos trazendo teu cheiro um pouco mais perto, fazendo tua ausência ser lembrada a cada instante perdido e mal vivido neste quarto quente de saudade, angústia e espera.
Não me apresso em dizer das perfeições de cada momento, mas aquele velho mendigo num banco de rodoviária falou em alma gêmea, sabe Deus porque, entre tantas pessoas para ele bater aquele velho papo aleatório a sua escolha foi eu e você! E digo: não foi por acaso. São sinais, eu sei!
Os dias são inteiramente pensamentos e divagações sobre seus olhos, e sorrisos, mas é a noite que me encontro em carne viva, sentindo em cada poro da minha pele a falta do seu toque, do seu abraço, do seu humor sempre bem distribuído, das suas feições tão marcantes em cada traço meu.
Saio das palavras e volto a compania de um pequeno coelho de pelúcia cheio do teu perfume, e tuas lembranças...

domingo, março 11, 2007

Reflexo Perfeito

Por Gleice Couto

Shiii.
Silêncio
Vocês poderiam me deixar escutar a batida do meu coração?
Só um pouquinho.
Preciso disso.
Sentir-me viva.
Sangue quente
Correndo
Percorrendo caminhos
Círculos
Indo
Vindo.

Shiii.
Por favor
É muito difícil tentar parar com os borburinhos sobre mim?
Deve ser.
Minha vida é observada.
Lida, escrita.
Filmada sem áudio.
Cinema mudo
Do seu mundo
Inicio
Meio
Sem fim.

Shiii.
Preste atenção.
Consegue pressentir a chegada da chuva apenas fechando os olhos?
Eu consigo.
Fico parada, a sua espera.
Fria, fina.
Coragem resgata
Imagem esfacelada
Da minha verdade.
Reflexo
Perfeito
Do medo.

sexta-feira, março 09, 2007

Na Minha Curta Maneira (Parte Seis) Ou Quando Vai Ser?

por Marcos Paulo

Quando vai ser o dia em que vou ter você por completo? Para completar a minha vida, sem a expiração de data? Quando vai ser a hora em que você vai chegar em definitivo, sem medo, anseios, sem máscaras, apenas para ficarmos contando as horas que estamos juntos e rir das pesoas que têm pressa para amar. Quando vai ser o tempo em que começarmos a ter tempo, sem tempo para fazer o que der tempo?

Todas as coisas estão escritas, não sabemos quando foram, mas por quem e para qual finalidade.

Quando vai ser o dia em que você vai chegar em definitivo e tomar-me como complemento seu? Sem culpa, receio, com carinho e destreza?
Por que ter pressa para quando as coisas vão ser, o melhor é aproveitar o momento, porque, até então, a gente não saber até quando vai ser.

sábado, março 03, 2007

Efêmera Substância

por Gleice Couto

E na minha ínfima insignificância
Tento entender pormenores
Decifrar grandezas idealizadas
Perdidas no meio do caminho
Percorrido, sem acostamento

E quando meus pés param
O significado rompe
A efemeridade que dura
Persiste, persegue, muda
Transporta o que sinto e vivo

E sei que a biografia não passa
De passa-tempo, o tempo passa
Perpassando o minuto, o segundo
Primeiro de tudo, último de nada
Singular substância armada


Obs: Obrigada pelo título, Keh! :o)

sexta-feira, março 02, 2007

Mais dois dorme-acorda e metades dos planos deram certo. Daí pra frente... É simplesmente daí pra frente!

por Keissy Carvelli

quinta-feira, março 01, 2007

O sonho do fim...

por Keissy Carvelli

Essa noite sonhei algo um tanto quanto estranho. Eu estava num casamento de algum parente, já na festa, no clube da minha cidade, deitada numa cama de hospital, ao lado de um homem desconhecido na mesma situação que eu.
Estavamos destinados a uma pena de morte, onde um soro entrava pela veia e ia nos matando aos poucos, bem lentamente. O meu crime exatamente eu naum sei, era algo ligado a dançar de mais, ou qualquer coisa bizarra parecida.
A festa rolava naturalmente, e eu, juntamente aquele homem, sofria a cada gota do soro mortal que entrava pelas veias, sentia meus olhos caindo, e uma dor imensa nas pernas, que com o passar do tempo inchavam e tomavam uma cor roxa muito forte. Mesmo sendo em sonho, digo que nunca senti uma dor tão forte quanto aquela.
Eu olhava para todas as pessoas, e sorria, sabendo que estava a beira da minha morte, e logo ali no bar, bem perto da minha maca apareceu meu tio, já falecido. Minha felicidade foi instantanea ao ver aquele rosto tão de perto novamente, e começamos a conversar, como sempre fazíamos. Foi só ai que chamei atenção de alguns dos meus familiares, esses passavam os olhos por mim sem acreditar no incrível papo que estava tendo com o meu tio, e então ele sumiu.
Chamei meu pai, que logo apareceu, e pedi que ele tirasse aquele soro de mim, pois estava doendo muito e eu já não podia aguentar, mas prometi que morreria, só não queria que fosse ali, com aquele maldito soro. O homem ao meu lado acompanhava tudo.
Meu pai então, atendendo ao meu pedido me tirou daquela cama, e me deixou seguir pra onde eu queria. Minhas pernas doiam tanto pelo inchaço que fui me arrastando até a sacada do clube. Encontrei meu melhor amigo ali, sentado ao chão, me sentei ao seu lado, dei um longo abraço nele, e com lágrimas nos olhos pedi que ele ficasse comigo, e ainda disse que queria morrer ali, ao seu lado vendo a lua que brilhava no céu, vez ou outra sumia atrás de alguma nuvém, mas logo reaparecia.
Nesse instante comecei a vomitar, e imaginei que meu fim estava próximo, as lagrimas escorriam, e foi aí que resolvi ir atrás de alguma explicação para tal fato.
Por que eu estava sendo condenada por pena de morte?? Eu nem ao menos sabia ao certo.
Arrastei-me até outro lugar, onde encontrei minha tia e minha mãe, e perguntando a elas cheguei a conclusão de que aquilo não deveria acontecer, eu naum precisava morrer, não mesmo.
Comecei a rir neste exato momento, e ainda com muita dor me deitei na cama, sem conseguir mexer um só musculo da perna, mas ainda sim soltava um sorriso em meio a lagrimas de dor e felicidade.

Foi aí que acordei, chorando.

Estaria eu me deixando morrer acreditando em algo sem sentido que colocaram pra mim?

Anyway, tomei o blog como pessoal e me permiti escrever sobre isto, já que me trouxe muitos significados.