por Keissy Carvelli, 24 de março, às 01:31
Deixo todas as palavras de lado e me entrego ao meu profundo silêncio que não me leva a lugar nenhum; prendo meu riso sem precisar exercer qualquer esforço, e deixo vagando em mim mesma o meu "eu" perdido em todos os sentimentos contraditórios habitados no meu próprio peito.
Sujo as mãos com a lama fria das incertezas, do tempo que insite em não passar, e das caricaturas mal feitas do ontem, do outrora e do agora. Meus olhos secos e rígidos de desânimo fecham-se no momento súbito do pensamento negativo, e sorriem pela pequena fatia de um pedaço de voz distante do outro lado dizendo frases soltas e trêmulas.
Durmo sempre na calada da madrugada, onde me junto a ela em seu silêncio brutal, em seus choros serenos, em suas luas cheias, em seus céus vazios, em suas estrelas passageiras, em suas contradições e junções de sentidos e memórias.
Sou eu contra eu mesma, a vírgula contra o ponto final, o período contra a oração, o soneto contra a canção. Sou eu contra eu mesma, e mais ninguém!
sábado, março 24, 2007
Sen-ti-mentos opostos
Postado por
Equipe Rabiscos À Mão Livre
às
1:45 AM
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