sexta-feira, outubro 26, 2007

R.E.M

por Keissy Carvelli


Se tem algo que me deprime é esse tempo de chuva. Acho que é a coisa mais deprimente que existe em tudo o que há no mundo. Basta as gotas de chuva fria baterem na minha janela, e aquele cheiro de terra molhada perambular pela casa, que começo mesmo a me sentir assim, deprimida pra burro, numa solidão astronômica que me chega a enfraquecer a pele.
Não sei se a minha solidão é um estado permanente, ou se ela é uma invenção do meu subconsciente para tornar tudo mais melancólico, porém, com os trovões e o céu escuro e carregado, ela se expressa pra valer.
Existem ainda aquelas músicas típicas para o momento. É simples: existem discos para o verão, para os finais de tarde ensolarados, para os finais de semana, para as madrugadas, e aidna existem esses tipos de discos para dias assim, de chuva e solidão.
A gente pensa que não, mas faz muito sentido. Ninguém ouve samba em dias como esse. Se eu colocasse algo do Seu Jorge para ouvir eu poderia me contorcer inteira de tanta contradição. É como colocar REM num sábado a tarde de muito sol e calor. Soa ridículo.
O mais deprimente de tudo isso é que todo o mundo, nesses dias, assiste milhares de filmes com o respectivo namorado, ou namorada, caso seja. Todos se entopem de chocolate, pipoca, cenas clichês, beijos e toda aquela melação. E eu queria mesmo fazer parte desse "todo mundo" que fica ainda mais idiota por fazer esse tipo de coisa. Eu queria ser idiota nos dias de frio e chuva,com namorado, e chocolate, e filmes, e clichês, e não uma idiota com umas palavras escritas à mão.
Tá, que eu não fosse essa idiota com todas essas coisas, mas que ao menos eu pudesse sentir de fato as vontades que tenho, e que pudesse dizer que gosto mesmo, e que, apesar de parecer besta o suficiente, é verdade o bastante para ser dito.
Não, nada pode ser dito, nem ao menos sentido de fato. Eu sempre me meto em enrascadas mesmo. Acho que gosto mesmo daquilo que não posso ter e deve haver alguma explicação freudiana para isso, ou de qualquer outro maluco desses que estuda essas nossas maluquices pra tentar achar alguma explicação.
Não consigo sequer deixar que alguém goste de mim primeiro e isso é sério. Parece que sempre tenho que convencer a tal pessoa em questão a gostar de mim. Isso é um bocado deprimente. Eu deveria mesmo é não gostar de mais ninguém, a vida inteira.
Eu deveria me tornar uma daquelas cretinas filhas-da-puta que não gostam, nem amam e só conquistam por ai algumas pessoas para a satisfação física. E pronto. Eu deveria mesmo deixar de ser essa estúpida que lê um livro e começa a escrever bem parecido com a personagem.
Mas, o que eu estava falando mesmo é do quanto eu me sinto sozinha nesses dias de chuva e frio. E acho que vou me sentir assim pra sempre, pro resto da vida. Sou bem capaz de me trancar num quarto num dia de chuva mesmo com alguém me esperando na sala. Ou não. Nunca teve ninguém me esperando na sala.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Dobradura

por Keissy Carvelli

Isso é o tipo de coisa que precisa ter muita disposição mesmo pra fazer, ainda mais um tipo como eu, desprovida de toda e qualquer paciência. Um troço desse precisa ser feito por um objetivo maior, uma força que você tira sabe-se lá da onde, caso contrário na primeira dobra você desiste.
Primeiro tem que cortar o papel certinho, e aí já começa a coisa chata. Eu sempre erro a medida, ou corto torto, ou algo parecido. É a falta de paciência misturada com a falta de cuidado mesmo; o fato é que pra mim quase tudo sempre está bom, não ligo muito pra perfeição.
Depois de obter um papel exatamente quadrado você começa a seguir os passos da demonstração, e pra piorar a coisa ainda está escrita em inglês. As imagens salvavam um pouco, mas não pude deixar de recorrer ao dicionário. Por isso digo que esse troço tem q ser feito com disposição.
Desisti por horas, e retomei o ritimo lá pelas tantas da madrugada. A cabeça estava quase fundindo, aquilo estava me aporrinhando o saco, eu juro! Mas, eu já podia imaginar a satisfação de dizer: eu fiz, e ainda imaginar o sorriso do lado de lá achando tudo muito engraçado. Afinal, quem é que no mundo inteiro faria algo do tipo só pra arrancar um sorriso?!
Estava tendo 3 filhos japoneses, mas tentava controlar o nervoso, e por vezes quase amassei tudo e fui dormir. Porém, valia a pena.
Duas horas depois eu vi aquela coisa toda tomando forma, e tomava a forma certa, como descrita na demonstração. Puxa, aquilo era mesmo orgasmico.
O troço tinha mesmo que ser feito com muita vontade, e vontades em mim é o que não faltavam. E depois dessas duas horas, alguns quilos de paciência e neurônios queimados eu posso dizer que tenho mesmo um Caracol. Não aquele do outro lado, cheio de expressões bonitinhas pra caramba, de sentimentalismos e irreverências. Mas eu tinha um Caracol, e isso já era um bom começo!


sexta-feira, outubro 19, 2007

Distorção

por Keissy Carvelli

4:12 da manhã, o silêncio ensurdece meus ouvidos e os olhos queimam de sono. Eu deveria mesmo já estar sonhando com qualquer besteira por ai, pronta pra acordar mais cedo amanhã e estudar: os meses seguintes prometem uns vestibulares filhos-da-puta!

Levei meu pai para pegar um ônibus rumo a São Paulo, coisas da Prefeitura onde ele trabalha. Gostaria de ir junto, mas eu ficaria por lá. Sempre existe algo/alguém que me faz querer sair daqui, e isso me soa um tanto quanto "novelesco".
Na volta resolvi apertar o botão do rádio, gosto mesmo das músicas que tocam madrugada à fora, são sempre antigas e de um tom melancólico mesmo que tenha guitarras e distorções. Dito e feito: uma música do Bon Jovi que eu adoro, e que, por coincidência talvez, eu lembrei ainda essa tarde.
Tirei as mãos do volante e vim cantando- ou tentando- já que não sei muito da letra. Senti-me como num filme de Hollywood, onde, na última cena, a mocinha pega seu conversível, coloca um rock ´n´ roll e se arrisca pela estrada, sem rumo algum. Não estava num conversível, e tinha um rumo bem certo: a minha casa, entretanto o rock ´n´roll fez-se presente!
Mandei uma ou duas mensagens. Ainda me sentia sozinha.
Quis gritar, afinal, eu estava mesmo sozinha. Poderia fazer qualquer coisa que eu quisesse: sair com o carro, encher a cara, fumar no meu quarto, andar nua, trazer quem eu quisesse pra casa, pular na cama, ou simplesmente cair no lençol verde cheio das minhas vontades.
Em todos os casos, vou dormir, porque amanhã é um dia qualquer, exatamente como os outros!E a propósito, não fumo mais diariamente!

sábado, outubro 13, 2007

Sob efeito

(por Keissy Carvelli)

Por quantas vezes mais terei que dizer: saia daí?
Por quantas vezes mais terei que reforçar a idéia de que tudo isso não é pra você. É tão pouco perto da sua sensível forma de enxergar os fatos e as complicações dessas vãs filosofias.
Meus braços forçariam sua retirada disso tudo; meus olhos provocariam seu riso sem qualquer esforço; e o esboço do sonho tornar-se-ia um desenho das mãos juntas, dos sorrisos e dos nossos extremos equilibrados numa só insanidade.
Já não sei como sair daqui, e numa verdade esclarecida: não quero sair de lugar algum.
Os meus sonhos sempre são certeiros, cheios dos seus detalhes e daquilo que vou sentir, não existem erros. Para que fugir, então?
Eu sei, menina! Nada há de ser feito agora. Você tem seus medos, seus amores e suas esperanças. Eu...ah, eu! Eu não tenho nada. Absolutamente NADA! E de nada me envergonho.
Não sofro mais, não choro mais, não amo mais. Do que posso ter medo?! De amar?! Ah, falsa hipocrisia. Eu amo essa coisa toda de conquistar, apaixonar, amar e sofrer. É quase um ciclo vicioso, no duro.
Por que eu, justamente eu, teria medo de algo assim?! Apaixonar-me por você?! Ah, tão fácil, tão irreversível, tão inconseqüente, tão inevitável.
Idealizar? Isso se torna típico neste meu mundo cheio de suas fantasias e alegorias...Ver-te sempre rindo, e com suas expressões singulares..ah! Isso não! Eu não criei, foi visto antes mesmo da imaginação tomar lugar do meu sono.
Confesso, no duro, que já não devo evitar. Aí está a prova, mais uma vez, de que caí nesse miserável truque do coração idiota que se apaixona por quem não deve.
O álcool toma conta dos meus dedos, das letras, e das poesias que eu tento reproduzir em forma culta e intelectualizada. Um belo truque.
Quem precisa de poesia quando se fala de paixão? Ela sempre soará brega, por melhores que sejam as palavras e metáforas escolhidas.
Eu sempre serei brega e clichê. Já me acostumei, e, no duro, não me importo a mínima.
Não tento mais esconder, isso soaria ainda mais ridículo, e mesmo que eu goste de assim soar, não ficaria convencional.
Mentir pra mim mesmo?! Ah, por Deus!!!! Quanta estupidez!
A minha paciência é farta, assim como a minha vontade que me atormenta toda maldita noite de insônia programada.
A minha paciência não te espera, mas te quer! A minha impaciência não diz todas as verdades, mas também não esconde todas as mentiras. A minha paciência é um infinito particular depositado em baixo do travesseiro ao qual me entrego agora!


.escrito sob o efeito do alcool e das vontades.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Blues em Gaita

por Keissy Carvelli


Ela gosta dela, que não gosta o suficiente dela como deveria gostar.
Ela derruba suas lágrimas salgadas dia e noite no lençol colorido, enquanto ela dorme sem sonhar.
Ela faz de toda ação um carinho, de toda letra poesia, de todo sorriso uma ternura; ela é inteiramente dela, que não sabem como lidar.
Ela não liga e tenta esquecer, enquanto ela liga para não perder.
Ela sabe tanto e de tanto se faz pequena; ela é imaginação numa nota de blues em gaita; ela é inteira numa simplicidade só, e dela não se espera sequer o melhor.
Ela se joga em algo insólito, mas não ouve. Ouça, ouça! Saia daí. Ela sabe, mas ela é assim mesmo, ela vai em frente com ou sem medo de se deixar machucar.
Ela gosta dela, que não gosta o suficiente dela como deveria gostar, enquanto eu....ah, eu poderia amar!

sábado, setembro 15, 2007

Monótonos monólogos desses marasmos

por Keissy Carvelli

O que ouço são silêncios dessas vozes que nem são minhas
São os passos grotescos dessa gente que olha, mas finge que não vê.
O que eu procuro não são mais minhas expectativas ilusórias de outrora; aquilo que me mantém não é mais o psicológico machadiano daqueles livros que nem li.
A teoria dos meus dias é o seu próprio paradoxo, ouça bem, é isso mesmo que eu digo!! Não suporto mais esse vai e vem de verdades, essas mentiras caladas na boca e gritantes nos olhos.
Diga-me o que lhe parece ser certo que farei o contrário! Diga-me seus medos de hoje, que lhe contarei os de amanhã! Diga-me somente o necessário, para evitar sua própria contradição!
Ah, essa gente que me atormenta...deixarão ao menos uma vez que eu seja minha própria sombra? Deixarão vocês, ao menos por um instante, que eu use minhas palavras sem receio?
Ah, essa gente e suas certezas...poderia eu continuar com minhas pequenas e vitais dúvidas?!
Eu, que por muito tempo acreditei na compreensão, no sentido mais cético das infâmias!

domingo, setembro 02, 2007

Busca

Em busca de algo novo.
Em busca de vida nova.
Em busca de um novo amor.
Em busca de um novo eu.
Em busca de um futuro.
Em busca de uma nova forma.
Querendo sair dessa emboscada.
Querendo sair de mim.
Querendo sair de você.
Querendo seguir em frente.
Querendo te deixar pra trás.
Querendo me deixar pra trás.
Querendo deixar tudo pra trás.
Querendo respirar.
Querendo sair.
Querendosair.
Qusarendirro.
Sairquedoren.
Saquerendoir.
sair.
querendo.
ir.
Enfim....




[Lindo poema enviado por Valéria Costa]

sexta-feira, agosto 31, 2007

Pensando bem...

por Keissy Carvelli

Penso, após um lapso de análise, que para a pessoa certa não existe hora, nem minuto, tampouco segundo errado.







.Hoje eu poderia ter me apaixonado, ou talvez tenha sido um começo...enfim.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Mp3

por Keissy Carvelli


"Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha historia que alguem jah escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez"




[Com Robertos Carlos a letra soa brega, na voz da Ana Carolinta se torna auto-explicativa.]


.e nem sei se é realmente assim.

sábado, agosto 25, 2007

Onomatopéias reversas

por Keissy Carvelli

O sol acabava de nascer e o mundo já girava, as pessoas corriam sem chegar a lugar algum; os passos acelerados imprimiam a necessidade do tempo, da falta de calmaria. Os rostos tão diferentes não se encaravam, as sombras não se trombavam, e por um instante senti alívio em estar bem ali, no meio de tantos desconhecidos. Ninguém se importava com meu passado, ninguém estava interessado nos meus sonhos, nas minhas dores, na minha genealogia. Ninguém se resumindo a todo o mundo que por ali passava.
Eu vestia minhas calças jeans, meu tênis verde e já poderia desenhar em mente as ações compassadas e estereotipadas do “sobe-desce” nas escadas, do entra e sai do metrô. Quanta gente! Quanta gente!
Olha ali, quanto medo! Quantas frases perdidas nesta multidão, nesta confusão! Quanto barulho! Não ouço as folhas das árvores batendo contra o vento! Não há tantas árvores assim! Olha ali, gente caída no chão, crianças contando moedas e migalhas! Olha ali! E eu estou aqui, andando de estação em estação, ouvindo o silêncio entre as pessoas, as sirenes gritantes dos carros que se movimentam sem cessar. Estou aqui criando coragem para partir, destruindo minhas próprias barreias, saltando de vez em vez para não cair na rotina.
Estou inerte observando os novos rostos que acabo de conhecer, agora são reais, falam, gesticulam, brincam. Possuem digitais, traços, ironias; cantarolam brincadeiras e sabem bem sobre meu lado oposto.
Estou novamente entre a multidão e tudo se perde mais uma vez, os ouvidos nada escutam, os pés estão cansados, mas a vista é bonita. As luzes acendem, mas ainda há gente no chão. Ainda há experiência de pés sujos e cicatrizes nas mãos, Ainda existem tantos cantos que nem ao menos imagino. Ainda há tanto de mim perambulando por entre os vãos.
O céu se envolve nos vários tons de escuro, misturando-se entre cores e luas, e é assim que eu gosto. Deixo meus olhos percorrerem pelo vidro, atingindo em cheio os pensamentos do lado de fora, e entre uma estrela e outra vou distraindo as unhas roídas com minhas conversas interiores.
A cidade passa por todas as vigas deste mesmo vidro ficando para trás com suas confusões e imensidões; os prédios altos me dizem adeus e vão arranhando o céu, assim como minhas retinas sonolentas. Vai ficando tudo para trás...não sei se me levo, ou se me deixo assim...vai ficando tudo para trás.
Nostálgica, vou sonhando até que a mente pare de trabalhar, relembro dos últimos instantes e já sinto falta. Sinto mesmo falta de quem conheci, das calçadas, do ar quase poluído, mas tão cheio de liberdade. Vou sentindo saudade nos quilômetros seguintes, e mais saudade, mais saudade, mais....

quarta-feira, agosto 22, 2007

É, bem por aí

por Keissy Carvelli

"Dream about the days to come
When I won't have to leave alone
About the times that I won't have to say ...


Oh, kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go"




[Janis Joplin, e já é auto-explicativo]

domingo, agosto 19, 2007

Fecundação

por Keissy Carvelli

Minha fé em mim
Desolada fixação insólita
Particípio passado em presente
Como lembranças restritas a um livro
Quem sabe um perfume, algo mais
Minha fé em mim

Tão vazia e destemida
Fugindo querendo encontrar
Dançando só em salão público
Vagando em ponta-pé
Gritando em silêncio minhas ironias sarcásticas
Minha fé em mim

Assolada de suas quimeras
Rindo em falso o que verdade lhe parece
Mantendo à distância o perigo
O pecado dessas suas esperas
Falhas, conectivas entre emoção e emoção
Minha fé em mim

Unhas em pranto
Sem derrubar sequer uma gota de sal
Evasões paralisadas
Inebriadas em álcool e solidão
Sufocadas entre as gentes
Entre a conturbada confusão
Minha fé em mim

sexta-feira, agosto 17, 2007

Nacionalmente importado

por Keissy Carvelli

O fim de semana é regado em restaurantes caros, comida requintada, e muita diversão entre notas e mais notas daquele dinheiro tão exuberante e esbanjador que escorre pelos dedos sem nem ao menos doer ao final do mês.
As críticas são expostas após um bom noticiário de cada dia exaltando a falta de iniciativa desta prole, que se contenta com tão pouco e se esconde atrás dos subsídios cedidos pelo governo tão estúpido e assistencialista.
Da boca derramam wisky importado, misturando-se com palavras rebuscadas de um inglês perfeito e de um português tão importado quanto a bebida destilada. O sofá das sessões de terapia ouvem seus problemas pessoais, tão cheios de eufemismos e excentricidades. Ah, essa nossa elite.
Do outro lado da mesa a fome grita seu nome em misericórdia; a carne é comprada aos finais de semana, e distribuída em migalhas, primeiro para as crianças e mulheres. A diversão é a calamidade proclamada em rede nacional, e suas reclamações são abafadas por uma nova perspectiva de compra acessível, de ajuda bem vinda e necessária...ah, aquele “dinheirinho” mirrado a mais na conta propicia um sorvete ao mês, uma meia nova, um sorriso no rosto e uma esperança na pele fraca, sem proteína e iogurte natural.
A boca, sem voz, aplaude pela primeira vez uma atitude ao seu favor, e engole o choro ao ouvir que sua vida miserável o torna um vagabundo mal acostumado com o governo. Não existe psicóloga, suas dores são curadas no balanço do ônibus lotado às seis da manhã, e suas excentricidades?Ah, essas são privilégios para raros.
Ah, nosso povo....típicos brasileiros nacionais, destinados a correr contra o tempo,contra a fome, contra eles mesmos, porque ser pobre nas terras tupiniquins já é, de princípios étnicos, uma ofensa, e apoiar programas sociais é absurdo.
Acorde, povo! Vocês devem ser manipulados, e apoiar o tão popular protesto “Cansei”, afinal, o que é que anda acontecendo por aqui? Pobre recebendo uma miséria a mais, tendo bolsa-família, bolsa-escola; qual é o problema dessa gente? Vocês não percebem que andam crescendo muito, e ganhando dinheiro o suficiente para não morrerem de fome?!


.sou tão irônica quanto preciso.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Chama

por Keissy Carvelli

Menina, teus olhos turvos
Me chamam de amigo
Teus braços distantes
Se apegam num abrigo
E a voz fraca chama, chama
E o som ecoa, o tom se acanha
E o seu amor livre voa

Menina, seus medos infantis
Me mantém do outro lado
Seus métodos infalíveis
Precisam ser mudados
Não sou eu que vou fugir
Não sou a lança que machuca
Nem a lágrima que mistura
A tua dor ao teu jeito de sorrir

Menina, venha e creia
No teu peito afobado
Na sua respiração escassa
No nosso amor inacabado
Menina, creia e pule
Tão alto quanto puder
Para dentro de um mundo
Cheio desses seus traços de mulher

sábado, agosto 04, 2007

Uma parte do que falta

por Keissy Carvelli

Penso que todo sentimento deveria trazer consigo um botão On/Off para ser usado nessas ocasiões.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Antes das seis

por Keissy Carvelli


Todo mundo tem medo de se machucar, logo se afastam daqueles cujo sentimento parece ser incontrolável.


Eu não!

terça-feira, julho 31, 2007

A credibilidade do palhaço

por Keissy Carvelli


"Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando... Falei, muitas vezes, como um palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da plateia que sorria."







[Charles Chaplin] - o eu lírico poderia muito bem ser eu!

.a credibilidade do palhaço está sempre em risco.

Entre sonhos

por Keissy Carvelli


Não perco o tempo contando os minutos
Não perco a vida contando as dores
Não perco essas dores contando os amores




[só algo que criei quando estava quase dormindo]

.agora sim tudo começa a ficar melhor.
.e eu amo a minha psicóloga =D.

domingo, julho 29, 2007

Ponto e vírgula

Por Keissy Carvelli

Acordei ainda com o sono pesando sobre os olhos, tendo no estômago aquela ansiedade própria dos últimos dias, onde não durmo, não como, e apenas espero o tempo passar. No celular uma mensagem anunciava a conversa que estaria por vir, e naquela ressaca nada mais poderia ser pior.
Sem muito para dizer apenas ouvi, com todas as nostalgias apostas e dispostas a passar; com meus dedos trêmulos calculando cada letra a ser escrita, cada gesto, cada pedaço. As lágrimas, guardadas no travesseiro daquela insônia, não desabaram; a pele mórbida não se desfez; o quarto escuro não tomou a luz, e sim, faltava algo ali.
Foi então que disse num tom calmo, naquelas linhas claras, num quase suspiro: “É de VOCÊ que eu gosto de verdade, e nossa história não acabou”. Mantive os olhos fixos, e amaldiçoei essas milhas que me separam da “nossa história”. Amaldiçoei todas as condições físicas contrárias ao procedimento natural da relação. Amaldiçoei essa maldita distância.
A hora então, é de desafiar o destino, confiar nos propósitos do tempo, e deixar os minutos tomarem seus rumos concretos, para que assim a história, que hoje tem cinco capítulos escritos, finalmente entre em seu clímax, com seus personagens principais, e não com essa figuração aleatória que por vezes teima em aparecer.
A hora então, ainda não é nossa, mas tudo está guardado, bem guardado nas cartas escritas, nos sentidos, nas feições, nas conquistas. Tudo está bem guardado num lugar seguro, onde nada pode atrapalhar; e ambos sabemos que a vida segue enquanto os olhos não se cruzarem, entretanto, “quando os seus olhos me encontrarem na esquina do seu apartamento irão saber”, assim como nós, que definitivamente
NOSSA HISTÓRIA NÃO TERMINOU!



.pronto, pela última vez está dito!E entenda muito bem, você que finge não saber da situação.

sábado, julho 28, 2007

Vogais e Consoantes Ao Vento

por Gleice Couto

Quando penso que o seu rosto se esvaeceu,
Eis que o vejo mais nítido, como sempre foi.
Na verdade, ele sempre esteve alí.
Quando penso que dei um passo à frente,
Eis que percebo que voltei ao ponto de partida,
Provavelmente o lugar de onde nunca saí.
E, nessas linhas mal escritas,
O que sinto se transforma em palavras,
As palavras se disfarçam de verdades,
Tornam-se gastas,
Apagadas com o tempo,
Esquecidas –
Apenas combinações de vogais e consoantes ao vento.
Tudo faz parte do que não devo ser,
É o que não posso ter,
Ou supostamente ler.
Quem dirá escrever!
Rimas que não faço para harmonizar,
Apenas expressar o que aqui está.
Está onde?
Coração?
Mente?
Horizonte!
Olha! Outra rima!
Dessa vez calculada,
Mas nem por isso culpada.
Simetria inexata de uma sensatez absolvida
Ou definição exata de uma imaginação incriminada?

sexta-feira, julho 27, 2007

Ah, são coisas da vida

por Keissy Carvelli

Não foi a primeira decepção...


















...e não será a última!

quinta-feira, julho 26, 2007

PQP

por Keissy Carvelli


Não sei porque eu ainda insisto em ficar vendo o que não devo nessa internet maldita!! Estou a um passo de mandar tudo pro inferno!!



[ Puta que o pariu, isso dói pra caralho! ]

quarta-feira, julho 25, 2007

Falling

por Keissy Carvelli

Foi como um sonho, as melhores cenas, os melhores sorrisos, os meus melhores sorrisos. Nem sei ao certo como começou, quando vi eu já estava ali, apostando todas as minhas cartas num único jogo, numa única incerteza, em você.
Quando percebi eu já não dormia mais sem antes pensar qual seria seu perfume, seus defeitos, suas manias; eu acordava e desejava ver seu rosto caminhando pela casa; eu cantava e tentava adivinhar suas feições...
E foi assim, quase como imaginei: os primeiros filmes, as primeiras músicas, os bilhetes, os beijos, as cartas, os risos. Minha mão ficava tão bem por entre teus cabelos, meu violão combinou tanto com a decoração da sua sala, minha escova de dentes coube perfeitamente no armário do seu banheiro, e minha letra se encaixou discretamente no seu azuleijo.
Não sei, portanto, o que houve. Nada mudou em mim, e isso eu lamento. Eu poderia ter esquecido, deixado pra trás; eu deveria talvez ter assimilado como um sonho de fato, e esses nunca duram tanto.
Durou pouco mais de três ou quatro meses hipoteticamente, e eu não deveria estar chorando por isso; durou o suficiente para eu não esquecer; durou o bastante para eu não querer deixar para trás.
Formalmente não havia nada de sério, mas só eu sei o quanto eu me dediquei a isso, só eu sei o quanto eu desejei a cada dia estar mais perto...e agora eu nem sei exatamente o que ando sentindo.
Eu sei que acabou, não que a gente tenha começado algo de fato, mas acabou. Eu devo, talvez, tentar entender, e parar de me apegar a detalhes que só eu percebo. Eu devo parar de me agarras às migalhas, eu devo parar de tentar te entender, de tentar sufocar tudo isso...
Como pode eu ter sentido tanta coisa assim? Como posso ainda me lebrar das cenas de um mês atrás? Como posso ainda saber cada pedaço do seu sorriso? Como posso não ter lavado ainda seu moletom?
Como pode ter existido tantos olhares, tanto sentimento, tantos beijos, tantos abraços, tantas despedidas em lágrimas? Como eu posso ter dito tantos amores, ter recebido tantas cartas, ter sentido tantos olhares, e agora simplesmente não ouvir meu celular tocando com o seu nome na tela?




.será que fui tão pouco importante assim?.
.será que tudo passou tão rápido?.
.será que você mudou tanto assim?.
.ou será que eu te inventei da forma como eu quis?.


[Não importa se você diz amar alguém, isso é um sentimento seu, e você deve lidar com isso. O que importa é o que faz para quem você diz amar, isso sim faz a diferença - acabei de ouvir isso em um filme, e devo concordar com tal.]


P.S: amanhã vou me arrepender, e me sentir idiota, por ter escrito tudo isso! Mas talvez ninguém leia isso mesmo!

terça-feira, julho 24, 2007

México,aí vamos nós!

por Keissy Carvelli

Eu não queria perder, mas já o fiz; não queria chorar, mas já o fiz; também não queria amar, mas também já fiz!!!



[Devo seguir em frente...caso não dê certo eu fujo para o México, adoto um nome composto, bebo tequila e trabalho em novelas =D ]

sábado, julho 21, 2007

Notícias póstumas

por Keissy Carvelli


A mídia e o ser humano como um todo é realmente incrível - em seu tom mais irônico - : Antônio Carlos Magalhães morre, e de um quase "coronel" passa a ser um defensor da democracia e afins, tendo seu nome e suas grandiosas frases expostas no jornal, que cita como qualificação o fato do tal político defunto nunca ter abandonado Fernando Collor de Melo!!!
Tenho até medo do que dirão os jornais quando Renan Calheiros, ou Paulo Maluf passarem dessa pra uma melhor!!




[será que se eu morrer todos que hoje me criticam falarão bem de mim?? ¬¬ Eu definitivamente detesto esse tipo de coisa!]

sexta-feira, julho 20, 2007

Ahá Uhú

por Keissy Carvelli

O vôlei feminino perdeu o ouro, e meu mundo quase caiu! Tô pensando em passar por lá, bater um papo com elas, conhecer o time dos Estados Unidos, e quem sabe assistir ao hand evisitar o Cristo!!



E só para deixar claro, eu sou normal! E estou ligadíssima ao PAN! =D

quinta-feira, julho 19, 2007

Na boca do sapo

por Keissy Carvelli


Todos os indivíduos da mesma classe "parental" de uma mesma família deveriam, por lógica, escoltar e proteger uns aos outros dos comentários maldosos, e dos boatos recorrentes que por vezes surgem trazendo medo e problemas irreparáveis.
Usando o português bem claro e chucro eu diria que se a vida é individual as escolhas e problemas também devem ser, logo, eu não falo de ninguém e esse tal ninguém não deve falar de mim, certo? Não.
Por aqui os princípios são invertidos: a prima mais velha e gente boa de outrora torna-se a fofoqueira de agora, ferrando, assim, com a prima mais nova, no caso EU. A tia desocupada reproduz os boatos, a prima velha que tenta ser jovem comenta e se espanta, a pirralhada ouve e num processo "papagaio de pirata" imita os sons das novidades, e por fim, num lindo e hipócrito almoço de família as cabeças rolam na fogueira dos bons costumes, enquanto os tais moralistas se enfiam em brigas idiotas por dinheiro ou coisa que o valha.
E quer saber, se eu fosse rica tudo o que eu fizesse seria pseudamente aplaudido ou titulado como "aproveitar a vida", e não visto com esses olhos de desprezo e essas bocas de maldição.
Tirando uma conclusão eu digo: tudo o que é imposto não é bom, e família nada mais é do que uma bela imposição do Cara lá de cima, e perdoe-me a malcriação, mas na fila dos parentes eu tive um azar que vou te contar viu?!




[vou cortar meus pulsos com o cd da Gretchen e fugir para o México, vamos?!]

.Acho que preciso parar de ouvir Ana Carolina, essa noite sonhei com ela..e bem o sonho...=x.

segunda-feira, julho 16, 2007

A canção tocou na hora errada

por Keissy Carvelli


"A canção tocou na hora errada,
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada,
Quando ouvi a canção, era madrugada
Eu vi você, até senti tua mão e achei até que me caia bem como uma luva
Mas veio a chuva e ficou tudo tão desigual
A canção tocou no rádio agora, mas você não pode ouvir por causa do temporal.
Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
A canção tocou na hora errada,
Mas não tem nada não, eu até lembrei das rosas que dão no inverno
Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora"



-ser a pessoa certa na hora errada, e saber que existe uma pessoa errada na hora certa nem sempre é bom =/ . A propósito, a música acima é da Ana Carolina.

domingo, julho 15, 2007

Trecho de uma música qualquer II

por Keissy Carvelli


"Morando nos meus sonhos e na minha memória"



[é, voe por todo o mar, e volte aqui]


sábado, julho 14, 2007

NA MINHA CURTA MANEIRA (Parte 7) OU BOICOTE


Por Marcos Paulo

Acabei de perceber que sem querer estou me boicotando!

E que falta de respeito comigo mesmo!


Onde está minha vontade de fazes as coisas?


Por onde anda o meu potencial realizador? Vou culpar ao sono, ao cansaço, à falta de tempo, de dinheiro, ao PAN, à saudade, a incompreensão, às dificuldades, às coisas insignificantes, à irritação infundada, ao desejo irrefutável, à pilha de livros do mestrado e às apostilas do concurso que eu só fico a olhar.
A Eletrobrás e a Petrobrás me boicotaram.
Boicotes são motivos de crises. No meu caso, crise interior. Beira da depressão. Eu nem sei o que é angústia, já me dizia meu fisioterapeuta.
Boicotes são motivos de demissão. Mas não tenho como me demitir. Até que ser demitido seria uma boa saída. Tenho, sim, como demitir um monte de gente que não me serve, um monte de coisas que me chateiam, casos e fatos que me assolam, diretrizes e vieses que não se fundamentam.
Putz! Como se boicotar a si próprio?
Sei lá, só sei que tenho feito!
"Eu não gosto quando ajo dessa forma".
E a carta na manga, que puxo agora: "...quer saber, já foi! Vou cuidar de mim..." e "eu posso fazer isso sozinho", RETORNAR AO ESTABELECIDO, antes que o boicote se fundamente.
Acendi o alarme!
E fiquem tranquilos: boicotar-se é fácil, como também é fácil boicotar o boicote.

sexta-feira, julho 13, 2007

Trecho de uma música qualquer

por Keissy Carvelli


"eu não quero cantar pra ninguém a canção que eu fiz pra você, que eu guardei pra você..."


[Ana Carolina - minha atual trilha sonora dos dias tediosos, que, a propósito, fala tudo o que eu preciso ouvir]




Aliás, apesar de ter acordado às 7 da madrugada pra ir tirar sangue o dia está bem melhor. Claro, que dormi até às 13:00, e ai sim tudo ficou bom! Ah, e minha prima não vai mais pra São Paulo, e provavelmente vai estudar comigo. Só não coloco muita expectativa porque ultimamente tudo tem dado errado ¬¬. Psicologia reversa, então! Urgh, chega!!

Estúpido diário

por Keissy Carvelli

Meu propósito não era despejar aqui tudo aquilo que anda preso, relutei, e só eu sei o quanto, porém não vejo outra saída. Confesso que deveria estar escrevendo tudo isso num diário qualquer, numa agenda, num velho caderno, ou num pedaço de folha, porém tal ato significaria uma exposição prestes a ser lida por um dos membros de minha casa, e eles definitivamente não precisam saber o que eu penso, logo, existindo e precisando, faço deste canto um refúgio quase secreto, e dúvido que alguém vai perder tempo lendo estas previsíveis besteiras do meu interior, do meu egocentrismo.
Aviso logo que não usarei de nenhum recurso linguístico, nada rebuscado, nada culto, tampouco poético, tomo o posto de desespero e entrego palavras sem qualquer domínio sobre elas, e vou assim, falando tudo o que me alivia. E é por isso que, às 02:35 de uma quinta-feira fria me deparo diante de um computador e muitos lamentos.
Nos últimos dias me vi perdendo muitas das coisas que conquistei durante meus 18 anos, perdi minha liberdade parcial, minhas máscaras, minhas quase mentiras, e ainda deixei escapar pelos dedos toda a confiança depositada em mim. Perdi, assim, como num passe de mágica. Em 2 minutos fui apresentada ao inferno emocional sem nem ao menos escolher se gostaria ou não.
Custo a acreditar que tudo tenha acontecido de fato, mas a indiferença diante de mim não me deixa esquecer, fui pega, tiraram minhas armaduras e jogaram sal sobre todas as feridas.
Desde então tudo o que tenho feito é pensar, ler algum livro, ouvir música e ver filmes que por algumas horas me distraem, levando minha cabeça distante dela mesma. A minha voz já não ouço mais, toco violão sem muita vontade e num tom muito baixo, as músicas feitas são melancolicas, mas com uma ponta de esperança, traçando um lindo paradoxo. Meus olhos fitam cotidianamente o chão claro, e quase pude esquecer das feições de reprovação vindo ao meu encontro.
As lágrimas as vezes correm, outras ficam presas bem ao meio da garganta, causando uma aflição desesperadora; meu estômago rejeita certas refeições, e fermentam com qualquer notícia nova. Já não tenho vontade de conversar, e escrever me cansa. Sentir também me cansa.
Vejo então tudo ao meu redor funcionando normalmente, as pessoas aproveitam suas férias, saem, dançam, bebem, riem -faz um bom tempo que não dou uma daquelas risadas gostosas-, uns seguem seus planos traçados e vão atrás de suas vidas, enquanto eu apenas penso se vou sair ilesa dessa.
Não me encaro no espelho, tenho medo de sentir pena daquele rosto que não esconde a melancolia idiota, tenho medo, ainda, de ter que assumir que talvez eu não possa dar um jeito nisso. A armadilha me pegou como um rato é pego na ratoeira, e sem esboçar nenhum ruído eu vou tentando me livrar sem saber ao certo por onde.
E parece que tudo acontece de uma só vez, já não tenho certezas para me prender, não tenho aquelas seguranças das quais eu costumava me esconder, me apioar. E no meio de tudo isso existia uma única coisa que me fazia sentir bem, me aliviava, mantinha minhas rezas noturnas, meus sonhos mais leves....era um tipo de sentimento que me mantinha sonhando, sorrindo, e compondo certas canções de amor. Era o tipo de sentimento que não foi abalado, que se mantinha ali, forte, concreto, certo do que era realmente certo, e quando tudo estava uma merda gigantesca era neste sentimento que eu pensava e tinha absoluta certeza de que estava no caminho.
O que acontece é que num momento, como este, sinto que estou perdendo aquela minha certeza; sinto que estão se perdendo de mim, que me deixaram sozinha num oceano sem horizontes -cara, isso ficou muito brega-. Sinto que aquele ponto distante de meio sorriso pode estar seguindo sua vida, e desta vez sem eu estar presente, e isso nunca me fez tão mal quanto agora. E o drama todo é que eu, na minha miserável distância, não tenho nada a fazer.
E sabe, eu não quero perder, e por isso me comporto como uma absoluta idiota possessiva; cometo erros que tornam tudo mais difícil, e não tenho a capacidade de estar lá para quebrar todo o clima com uma piada imbecil, com uma graça idiota. Eu não consigo fazer nenhuma graça idiota.
Eu não quero perder aquilo que me mantinha o brilho, eu não quero perder a cara de boba, eu não quero perder a única coisa boa que estava acontecendo. EU NÃO QUERO PERDER!!!!!
Tive, até o meio deste ano, os melhores momentos de toda a minha vida, vi estrelas deitada na grama, ri de besteiras ditas de madrugada, aprendi a fazer o melhor strogonoff do mundo, fui às melhores festas com as melhores pessoas, arrisquei meus medos, rompi princípios, gostei dos novos princípios, conheci pessoas incríveis, disse verdades olhando nos olhos, senti o coração saindo pela boca, senti minhas pernas trêmulas, perdi a respiração, vi o filme perfeito com a pessoa perfeita -pra mim- , realizei planos com detalhes, esperei, consegui, senti coisas inexplicáveis, conheci o melhor sorriso, o melhor entrosamento, a maior conquista, a melhor junção.
É...talvez eu tenha descoberto o melhor dos meus 18 anos, e não me arrependo de nada, nem por um único segundo. Aprendi a viver.
Essa nostalgia ainda me mantém um pouco melhor, mas esta idéia de futuro incerto acaba comigo, de verdade. Posso ter perdido tudo, liberdade, dinheiro, confiança, respeito, individualidade; posso ter perdido meu mundo interior no qual eu vivia muito bem, obrigada, entretanto tudo isso eu recupero em novas versões, em novos formatos. Já você.....esse é meu medo. As pessoas seguem suas vidas, e o caminho de volta nunca pode ser feito, são sentimentos irreversíveis, e meu medo está bem aí. Perder você. É neste pronome, em segunda pessoa, que me torno totalmente frágil, totalmente atônita, infantil, covarde.
E nada posso fazer. NADA!!! NADAAAAAA...pela primeira vez na vida não tenho um bom conselho pra mim mesma, não tenho um plano, uma espera, uma visão! Pela primeira vez na vida estou numa puta escuridão sem enxergar um palmo diante do nariz, E PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA EU NÃO TENHO NADA A FAZER, A NÃO SER ESPERAR!!!!!
Como eu odeio esperar, como eu odeio ter que me basear e me projetar numa felicidade espontânea lá no futuro. Puta que o pariu, eu passei a vida inteira projetando meu futuro, e fui feliz, mesmo assim, no presente. Vivi 6 meses inteiramente no presente, visando sim o ano que vem, mas aproveitando cada maldito de um segundo, e agora tudo o que eu tenho é um futuro incerto. Tudo o que eu tenho é você no incerto, eh a distância de todos que estão vivendo suas vidas, enquanto eu me encontro sozinha num quarto vazio cheio de lembranças, e cartas e um estúpido computador para o qual eu conto minhas neuroses.
Tudo o que eu tenho é esse velho violão que soa as mesmas notas, as mesmas melodias...tudo o que me resta é essa televisão que apenas me distrai da merda que está minha vida.
Veja só, minha prima está mudando, e dessa vez não é para a cidade ao lado. ELa está indo construir a vida dela em Sâo Paulo, numa ótima faculdade, ao lado de pessoas maravilhosas....ela, que sempre foi a minha protegida mesmo tendo a mesma idade, está indo se virar sozinha, está crescendo. ELa que sempre morreu de vergonha de tudo e sempre pedia minha ajuda para tudo está indo viver sozinha numa cidade enorme, e ela vai saber se virar. ELa não precisa mais da minha proteção, ela não precisa da minha maturidade, não precisa que eu ensine as coisas, ela simplesmente está fazendo o que eu gostaria de fazer.
Meus amigos estão bem, obrigada. Continuam bebendo, rindo, dançando, mesmo que na minha ausência; eles não devem parar por minha causa...o mundo não pode parar porque estou fudida.
Está tudo tão desigual por aqui, enquanto lá fora tudo parece o mesmo. E eu continuo presa dentro de mim, dentro dos meus devaneios, das minhas melancolias, dos meus excessos, da minha falta de tudo, da minha hipócrita espera por dias melhores.
O que me faz acordar, por hora, é a terapia semanal com uma psicóloga desconhecida, da qual eu me agarro na vaga tentativa de encontrar uma forma nova de lidar com as coisas.



[não tente ler tudo, além de estar porcamente escrito não vai te levar a lugar algum. São meus estúpidos lamentos, minhas dores, meus xingamentos, minha auto piedade, minhas auto destruição. Vá ler um bom livro, isso sim te fará bem. Se tiver tempo, venha a minha casa bater um papo, ou talvez me contar uma piada, isso me fará bem; se é que se importa.!]

quinta-feira, julho 12, 2007

Sonora

por Keissy Carvelli

Silêncio, é tudo o que eu posso ouvir!

quarta-feira, julho 11, 2007

Ditado popular

por Keissy Carvelli


"Água mole pedra dura tanto bate...até que a água acaba"




[odeio prever certas coisas]

Esquerda

por Keissy Carvelli

A sala verde, como que por conseqüência, refletia meus olhos tão baixos como nunca estiveram, encarando por todo o tempo um chão sem cor, frio, e ditador dos meus passos regulares e anormais. O quadro posto ao meio da parede era um retrato nítido da minha atual situação, tendo, em seu plano superior, cores desgovernadas e espalhadas, numa mistura de confusão e ritual.
Ainda de cabeça baixa ouvi meu nome de um jeito sutil, e num súbito instante estava encarando todos os meus sentimentos mais obscuros e escondidos diante de um olhar atento.
O salário suado paga alguém para ouvir meus devaneios e besteiras interiores, quando tudo deveria ser ao contrário, e os ouvidos deveriam ser parte integrante da convivência, e não da falta dela.
Sou mais uma vez a doença crônica que arranha e não cicatriza, sou a noite mal dormida, o dinheiro jogado fora, o comentário em sussurro na cozinha, a indiferença e a punição vestida de pijama e tédio.
Sendo assim, articulo na minha mente fértil planos e ações que possam resultar numa quase liberdade, num quase alívio, e sem qualquer metáfora temo minha falta de iniciativa!
Maldito inferno do qual me enfiei sem escolha, malditas pernas que doem deixando claro meu conflito, maldita de mim, que mais uma vez precisa provar e reprovar tudo aquilo em que acredita. Maldita hora em que fui ser canhota, oposta e contrária.




[sem qualquer perspectiva a madrugada entra e um enorme desejo de pizza toma conta de mim]

quinta-feira, junho 28, 2007

Disfarces Em Catarse

por Gleice Couto

Expressões em meu rosto que tento dissimular
Máscaras que preciso vivenciar
Vestir, emoldurar
Meu rosto, meus sentimentos, meu olhar
Esconder nunca foi a saída
Foi o caminho
Extenso e sombrio
Rio
Cortando o que tenho por dentro
Dividindo em dois, o que nunca esteve inteiro
Partes pequenas espalhadas
Espelhadas
Inexatas
Os cacos que já fizeram parte de mim
Refletindo em fragmentos
Que se unem em flores
Cintilantes e multicores
Esculpem minha mente
Ondas momentâneas de idéias
Desejos, emoções
Que se transformam em palavras, ações, movimento
Lento... constante... circular
E de volta ao ponto de partida
O inicio que nunca tem fim
A luz que não visita as trevas
Mas transpassa a neblina
Atravessa a ponte que existe entre eu e eu
Para chegar somente em mim
Interior
Quente
Sensível
Externo
Frio
Duro
Superfície ínfima perto do todo
Contradições contrastantes que se contradizem
Conjunto de disfarces em catarse

[ tentando me livrar de todas as minhas máscaras ]

quarta-feira, junho 27, 2007

Sonic

por Keissy Carvelli

='(


Ele era pequeninho, com uma carinha toda doce de quem pedia colo; se enfiava no cantinho da porta e de lá não saía, e era ali que seu rostinho parecia ainda mais doce.
Sua atitude era de caçador, protetor, e ainda assim cultivava um ciúmes que não tinha igual; era também louco por qualquer besteira de geladeira, e parecia criança diante do sorvete.
É, ele era bem vindo em casa, e sempre arrancava um riso com sua maneira de andar, tinha lá seus chiliques o que o tornava ainda mais meu.
Estranho sentir falta daquele que até ontem era meu cachorrinho que estava sumido, e hoje tenho que conviver com a idéia de que nunca mais poderei me irritar com suas manhas.

terça-feira, junho 26, 2007

....

por Keissy Carvelli

Contando os dias, precisando te ver!

domingo, junho 24, 2007

Transição

"Gostar é geralmente assim, nunca sempre fácil. Às vezes o silêncio tapa os buracos, e o amor segue assim, intacto." [Pedro Mariano]






- E eu definitivamente passei de certas fases, e aos 18 anos estou incessante de MPB -

sexta-feira, junho 22, 2007

Justificando

por Keissy Carvelli


Quando minhas mãos procuram sós por palavras, e derramam sobre um pedaço de papel letras reorganizadas deixo minha outra face mostrar sua identidade; assumo meu oposto obscuro, minhas alegrias dispostas num súbito refúgio de mim mesmas, traço meus medos sem ousar sequer soltar um ruído. Sou feita de piadas prontas e bem diluídas para quem vê, sou constituída de risos e sarcasmos entre uma ou dez pessoas, sou o velho palhaço de circo pintando a cara para me tornar o alvo sem crase, nem fase. Sou a noite estrelada nos olhos de quem ouve, sou a chuva ácida descendo na garganta de quem lê; sou o cristal líquido e amargo no rosto de quem sente, na mão de quem aprecia, no tempo de quem faz. Encaixar-me-ia bem no segundo tempo romântico, chamado de Mal do Século; seria amiga das angústias de Álvares de Azevedo, companheira das melancolias, desafetos e desamores; seria a escrita suja do bar da esquina, seria o poema depressivo dos últimos segundos do dia. Encaro minhas outras maneiras aqui, nestas linhas redigidas a mão livre; suporto e desprendo meus exageros nessas sinestesias, nessas hipérboles, nessas literaturas. Somente em cadernos velhos sou o inteiro numa parte só, somente em retratos literais sou meu medo de mim, meu receio alheio, minha fé dobrada. Só enquanto deslizo a caneta em movimentos acelerados sou o que ninguém pode ver, sou o instinto dissimulado, a penumbra sob o sol. E é só assim, depois de tantos nós que desato o riso, o piso e a maldição. Posso então, continuar sendo a mesma pelo sol, e o oposto pela lua.

quarta-feira, junho 20, 2007

Sememando a discórdia

por Keissy Carvelli

Mato um grilo com minhas havaianas brancas e não sinto culpa alguma. Talvez eu seja mesmo um ser humano desprezível, e minha vaga no céu pode estar correndo sérios riscos, mas nenhum discurso do tipo “eco-bobo” vai me convencer de que plantar uma árvore no quintal de casa vai salvar o mundo do aquecimento global, e ai sim, meus filhos poderão viver felizes para sempre.
Chega de bancar o super-herói global, onde a iniciativa parte de cada um, as baleias azuis do sudeste do Himalaia não serão extintas, e desse modo o mundo se interliga nas boas ações ecológicas. Um grande emaranhado de utopias distraindo nossa vã filosofia capitalista, onde o “morde-assopra” rege todas as ações.
Pergunto-me por que raios o planeta corre risco de simplesmente deixar de existir, e só há uma resposta, simples e muito bem utilizada no nosso cotidiano hipócrita de cegueira múltipla de órgão e sentido.
C-O-N-S-U-M-O!!!!
Não existe solução em canto algum sem antes mudar toda uma estrutura viciosa de consumo pleno e indiscriminado; são tantas bobagens, tantas marcas, inovações, levando a um mesmo fim! O nosso!
Os temas são muitos, dificultando uma escrita concisa e direta, somando ao fato dos meus olhos pedirem cama; meu conhecimento é pouco, algumas aulas de geografia, uma leitura aqui, outra ali, e sinto-me no direito de jogar a vocês toda uma ideologia não muito bem definida dentro de mim. Não se importem em discutir, sei das minhas lacunas e falhas; minha necessidade, porém, é ressaltar a mediocridade humana.
Minha necessidade é simplesmente expor nosso maior medo, nossa maior hipocrisia em tentar salvar o mundo sem deixar de lado nosso capitalismo compulsório de compra, compra e compra!
E para complementar digo ainda que esse tipo de idéia, de uma garota estúpida do interior, nunca será tema do Fantástico, tampouco do Globo Repórter.

E viva o CONSUMO irônico e sarcástico de nossas finalidades!!




[tudo não passa de uma visão unilateral, baseada num foco só.]

segunda-feira, junho 18, 2007

This´s the right way!

por Keissy Carvelli


Constante falta de uma mesma parte!!





[linha feita, amigos reunidos, amigos novos, música alta, cores (muitas delas), palco, risos e afins.E como disse meu amigo, eu mais parecia uma criança solta num parque de diversão com ingressos livres! E de um certo modo, era isso mesmo! rs]

sábado, junho 16, 2007

Não, não faz não...

por Keissy Carvelli

Ouvindo Elvis Presley, esperando o sol se pôr!!




[vermelho - amarelo - verde, porque tudo é uma questão de fazer a linha! ]

terça-feira, junho 12, 2007

Seu Jaiminho, o carteiro!

por Keissy Carvelli


A fadiga me impede de escrever algo profundo ou intelectual!!

segunda-feira, junho 11, 2007

Faces

por Keissy Carvelli


Ah, eu sei bem ser o lado oposto!!!



rs


[sarcasmo poderia ser meu segundo sobrenome]

domingo, junho 10, 2007

Quem?

por Keissy Carvelli


Uma festa, uma festa, uma festa! E eu.

sábado, junho 09, 2007

Do it!

por Keissy Carvelli

This is the way, and I know do it!! ^^



[Só para constar: dirigir a noite sem rumo é definitivamente uma das melhores coisas que poderia existir! Além do mais, sempre sobra um riso perdido por ai! Só me falta um aparelho de som com cd, porque invariavelmente as rádios não tocam as músicas que eu gosto, obiguê!]

ah, e amanha?? Resume-se a alcool!!

sexta-feira, junho 08, 2007

Êmê Pê Bê

por Keissy Carvelli

"Vem pra roda na malemolênciaaa"



[Malemolência - Céu] - vicei nessa bendita cantora!

Ah ah ah

por Keissy Carvelli

Leio um único e-mail incansavelmente, e a reação não muda, as borboletas no estômago não cessam, os olhos não deixam de brilhar, a saudade não deixa de existir!





[eu definitivamente vício em certas músicas, e acabei sendo refém de uma letra cujo refrão faz referencia a um tipo de praga, ou coisa parecida, onde seu nome está na boca do sapo e sua boca ah ah ah ] - talvez eu esteja mesmo apreciando mpb!

quinta-feira, junho 07, 2007

Só!

por Keissy Carvelli

Só por hoje não quero escrever, só por hoje não quero precisar do seu cheiro, do seu beijo, do seu olhar tão carente vindo de encontro ao meu. Só por hoje não quero sentir saudade, não quero precisar dos seus toques, das suas poses, dos seus dilemas; só por hoje não quero me apaixonar, sonhar com teu sorriso incompleto e incerto; só por esta noite não quero derramar lembranças, não quero estar frente-a-frente com minhas ilustres inseguranças.
Só por um unico instante não quero precisar tanto da sua voz, do seu suspiro, da sua feição, só por um segundo quero deixar o conflito interno de lado!!

Mas, em segredo, devo confessar: isso tudo é só uma poética barata, melancólica e paradoxa!! Eu preciso, eu quero, por fim, eu amo!


quarta-feira, junho 06, 2007

Sem motivo

por Keissy Carvelli (será?)



"Você tem a chave, mas não sabe como usar, deixarei a porta aberta ainda por um tempo"

[Cada Movimento - Valéria Costa]

04:22

por Keissy Carvelli (aquela estúpida de sempre, que leva na cara e nunca aprende, obrigada!)

....................

PUTA- QUE- O-PARIU!


é tudo o que eu tenho pra dizer hoje!!



[e minha mãe já me dizia: confia no seu sexto sentido] - mentira, na verdade ela nunca disse isso, mas eu deveria mesmo confiar nessas coisas esdrúxulas que eu sinto sem querer!

Metáforicamente

por Keissy Carvelli

E como dizia Renato Russo:

"Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas"



[E por mais um dia sinto meu estômago arder, meu cérebro derreter em mil pensamentos, meus nervos tremerem em vários motivos- quem sabe o último dia]

terça-feira, junho 05, 2007

Crença

por Keissy Carvelli


"Seu nome na boca do sapo, sua boca ah ah ah"



[Lenda - Céu] - recomendo, cantora muito boa!

segunda-feira, junho 04, 2007

Para não fazer merda

por Keissy Carvelli (aquela mesma idiota de sempre)


Ciúme, você conhece? Pois bem, eu te apresento!!









[De fato o filme do Almodovár - Volver - não é nada típico, porém prende a atenção, e traz análises psicológicas um tanto quanto profundas] - ah, sim! Isso foi apenas um detalhe que eu gostaria de acrescentar para tirar a atenção do assunto principal do post!

sábado, junho 02, 2007

Perdoe-me a curiosidade

por Keissy Carvelli


Acabei percebendo, após algumas horas, que a minha procura incessante não passa de uma insegurança estúpida que não será resolvida num blog, ou coisa qualquer.
Percebi ainda que o suspense muito me influencia negativamente, e todos os meus pontos de vista focam para o lado negro do assunto!


Resta-me um filme do Almodóvar, e mais alguns surtos até lá!!

quarta-feira, maio 30, 2007

Nostalgica imagem

por Keissy Carvelli


Disponho-te na sua imperfeita perfeição até mesmo com cara de sono vestida num moletom velho!



[Keissy está agora com frio e saudade, porém em alguns minutos estará na cama, bem aquecida pelos seus três cobertores! Mas..e a saudade?]

terça-feira, maio 29, 2007

Menino dos Olhos

por Keissy Carvelli

O Bush tem uma visão semi-ótima do mundo: disse conseguir enxergar os perigos de Israel- ou sei lá onde mais ele tenha soldados atirando- até mesmo quando mais da metade de sua população não vê a menor necessidade na manutenção dessa "Guerra contra o Terror".

Terror, meu caro presidente do mundo inteiro, é ter um só país controlando os caminhos seguidos; terror, meu caro amiguinho do peito, é ter uma propaganda de consumo quando as condições naturais pedem alforria; e terror ainda maior, meu prezado político-homem-de-negócios, é saber que suas decições são alheias às necessidades globais, e visam apenas sua esplendorosa economia, com o perdão do tom de irônia, mas a pobreza faz isso mesmo, cria sentimentos sarcásticos!
A propósito, trate de fazer um consórcio de um bom meio de locomoção que te leve à outras dimensões quando esta afundar nos mares do seu patriotismo!


[Ás vezes me pergunto o que aconteceria se por um grande acaso do destino um dos aviões do Bush caísse com ele e mais uns coleguinhas dentro....] - eu poderia jurar que não sou revolucionária, mas já passou da meia noite e a essa hora os anjos estão dormindo e não poderiam dizer amém!-

sábado, maio 26, 2007

Constando

por Keissy Carvelli

Entrego-me a qualquer onda passageira ou não, e deixo o sal de suas águas poluírem meus poros em preenchimento; acordo ao sol e ponho-me a delirar sobre o segundo seguinte, quiçá futuro de um mês.
Os sabores derivam dos detalhes, dos gestos inesperados, das letras inspiradas, dos noites sonhadas, da conta mal paga, da luz quase acesa, da penumbra clareada. São as brigas internas ativando a circulação, levando sangue às celulas, aos orgãos, ao coração.
É a oratória efetivada numa frase alheia, num olhar equidistante da saudade e do sorriso; é a parte dando forma a um todo do qual descubro em pontos, em vírgular, em reticências...

E quanto ao mistério? Reticências...


[E como diria o velho sábio esquartejador: vamos por partes]

E, piadinhas a parte, não é que estou de fato gostando disso!

sexta-feira, maio 25, 2007

Fim de Noite

por Keissy Carvelli

"Acordei com o seu gosto
E a lembrança do seu rosto
Porque você se fez tão linda
Mas agora você vai embora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar
A vida inteira de um inseto
Um embrião pra virar feto
A folha do calendário
O trabalho pra ganhar um salário
Mas daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar
Se eu pudesse escolher
Outra forma de ser
Eu seria você
E a saudade em mim agora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar
Ser campeão da copa do mundo
Um dia em Saturno
Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão
Daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar"



[Quanto Tempo Dura Um Mês- Biquini Cavdão]

P.S: Não gosto de postar letras de músicas, mas essa surgiu do nada e expressa tudo!

quinta-feira, maio 24, 2007

Análise Sintática

por Keissy Carvelli

Aula de Português:

O Sujeito manda no Verbo, que por sua vez dá ordens ao Objeto Direto.

"Eu sinto sua falta"

Eu: sujeito
Sinto: verbo
Sua falta: objeto direto

Logo, a "sua falta" deveria concordar com o verbo "sentir".!

quarta-feira, maio 23, 2007

Ponteiros

por Keissy Carvelli

Não suporto a indefinição dos aspectos, a minha falta de entusiasmo, a falta de alheios; todos os circuitos estão falhando, minha memória está distante, minhas incertezas gritantes..e a saudade, ah dessa eu já nem falo!
Descobri não saber andar tão bem na corda bamba, descobri não saber deixar de sentir, descobri a respirar sem ar, andar sem luz, cair e levantar! Descobri ainda não saber guardar tudo dentro de mim.
As inúmeras contradições são minhas noturnas divagações, por onde passeio diante de mim, dos céus, das facas e canções; os tropeços e falta de expressão são meus complexos refletidos no espelho por onde não me vejo mais.
Meus dedos cansados de afogar meus pensamentos em linhas escondidas dedilham cordas sem emoção, refazem os antigos acordes e correm para o relógio na tentativa de ver os ponteiros correndo de encontro a você.

terça-feira, maio 22, 2007

C.!

por Keissy Carvelli

Meu pai é, definitivamente, um cara com C maiúsculo de centrado e cuidadoso com aquilo que fala!


P.S: e ele definitivamente sabe ter o tipo de conversa que te deixa com um nó na garganta, sem criar qualquer sentimento de raiva!

domingo, maio 20, 2007

Bússola de Sentimentos

por Gleice Couto

Será que estou apenas escondida de mim mesma?
Ou apenas do que pretendia ser?
Poderia somente me deitar aqui...
E ficar quieta... Mesmo quando grito...
Sentindo minha respiração... Mesmo quando não respiro...
Te ansiando... Mesmo quando não quero...
Ao seu lado, distante, mas junto de você
Dos gestos de suas mãos, que uma vez vi...
Compreendi... Senti...
Dos sorrisos de seus olhos, que um dia fitei...
Contemplei... Me achei...
Mas há longas estradas de barro a serem percorridas
Obstáculos não existentes que criamos e alimentamos
Em paralelas contrárias...
A leste, norte, sul e oeste...
Na dúvida entre escolher qual trilha seguir
Tento consultar a minha bússola de sentimentos em teste
Apenas uma experiência reprovada na indicação do rumo sugerido
Aquém do que tenciono e do que preciso
Na direção sudeste e até mesmo nordeste do que é indefinido.


Mode: confused.

sábado, maio 19, 2007

Típicamente meu

por Keissy Carvelli

Sou a típica engraçadinha desvaiarada e impulsiva, que faz, até mesmo, piada sobre ela mesma!


Ah, e egoísta também, já que só escrevo sobre o meu eu, e ele mesmo!

P.S

por Keissy Carvelli

Estou cansada de ter o mundo analisando minhas atitudes, e julgando com um certo ou errado cada uma delas!
De ontem em diante estarei bem a qualquer dia e horário, e nada mais será explorado como foco de análises!


Tenho 18 anos, e como esteriótipo devo me sentir a dona-da-verdade-nariz-empinado-último-grão-da-feijoada, e assim será!

Inside

por Keissy Carvelli

Precisava escrever, mas não sabia ao certo o que. Tudo tão incerto me faz pensar e indagar mais, falar e fazer menos.
Sem respostas, eu então tento suprir a ausência dos tremores, dos arrepios, tento driblar as dúvidas, fingindo não prever o futuro!

Amanhã é dia de beber e gastar créditos com mensagem, amanha é dia de filosofar entre amigos, e hoje é apenas uma noite sem meias palavras, nem inteiras!

E por um único segundo eu me perco dentro da saudade dos teus sorrisos.

sexta-feira, maio 18, 2007

Abrindo a porta

por Keissy Carvelli

Sabe quando você chega em casa e tudo parece estar fora de lugar?
Pois é, descubri que o tudo em questão sou eu, em carne, osso e saudade!

domingo, maio 13, 2007

A Outra.

por Luisa Cabrini

Era uma vez...


uma garotinha que sempre fugia de si mesma, buscando nos outros o que faltava nela própria...
Ela adorava usar uma máscara para ela mesma e saía sempre para tentar distrair o foco do que se passava em sua vida com alegrias efêmereas.

Era uma pequena menina, na verdade uma grande mulher, que ainda não tinha acordado para vida e descoberto o que ela realmente era por trás das máscaras para a sociedade e dos momentos felizes e infelizes que retalhavam a sua existência... ela apenas existia.

Existia de um jeito cinza, parecia viver um eterno dia nublado de outono. Sorria sim, mas poucas vezes era sincero. Chorava sozinha, mas logo se controlava pois eram nesses momentos que ela se descobria, sem máscaras, sem festas, sem influência alguma ao seu redor... descobria o que realmente sentia, o que realmente pensava, o que realmente tinha dentro de si. E não descobria a alegria, o riso, o bom-humor, o amor. Por isso fazia questão de se controlar e voltar a esconder-se de si mesma. Era um jeito de não sofrer. Simplesmente fingir que era feliz. Que acordar era uma alegria, que a rotina preenchia sua vida e que tudo ao seu redor só lhe fazia bem.
Claro que algumas poucas coisas, alguns amigos, uma música ali, um filme aqui sempre lhe faziam bem. Às vezes ela se via rindo, feliz e contente e sem máscaras. Ah, como isso era bom!
Mas eram momentos e algumas pessoas que conseguiam isso.
Por que isso? Por que não podia ser sempre assim?

A pequena mulher então, começou a se questionar. E com isso, foi afundando em reflexões e se aprofundando no seu próprio ser. Começou a se descbrir - e a não ter medo dela mesma. Passou a não usar mais máscaras para ela mesma. Escondia o que sentia só quando era necessário - ou seja, para se proteger dos outros e das consequências que a vida acabaria trazendo.

E assim a garotinha (ou mulher?) foi amadurecendo e se conhecendo, conhecendo assim também o mundo e a sua própria vida. E foi assim que ela começou a viver e não apenas existir. Aos poucos foi descobrindo que nem tudo é do jeito que se quer, mas de um jeitinho ou de outro ela conseguiria fazer com que fosse, pelo menos por um momento.

E foi assim que ela se descobriu e descobriu que poderia amar e ser amada. Às vezes sofria, mas também causava sofrimento. Ria, chorava, cantava, gritava, pulava, bebia, dançava, conversava, beijava, se descabelava e assim vivia, dia após dia, sem arrependimentos e sem deixar apenas a vida passar diante de você.

E foi assim que ela deixou esse mundo. Pelo menos conseguiu aproveitar cada pedacinho ao seu tempo. Se não aproveitou também, nunca irá saber que faltou algo para ser explorado.
Mas isto também não faz muita diferença agora.

sexta-feira, maio 11, 2007

Pleonamos Interior

por Keissy Carvelli

A sala quente inspira novos sabores, novas menções e me prova exatamente minha certeza de futuro de vida.
Do outro lado, onde as incertezas priorizam, encontro minha frágil dúvida sobre como poderia continuar com tudo isso. O aspecto físico/hormonal discute com o emocional, e ao fim nada mais é separado, e minha raiva em forma de silêncio me torna um ser tão incrédulo e covarde quanto uma mocinha fútil de filme qualquer. [desculpe-me a mocinha]
Procuro encarar os fatos, e me prender nos antigos valores meus, mas a falta de paciência corrói meus olhos, suga meu ar, aumentando ainda mais a vontade de correr, fugir, ou simplesmente fazer tudo voltar a ser como antes.
Eu poderia estar bebendo, pulando, e jogando meia dúzia de palavras gritadas fora, no entanto econtro-me no vão mais assombroso, no cômodo mais escuro da casa, e sua aparência é tão fria quanto o dia lá fora. Meus atos esperam apenas o seu, e vejo que não os tenho.
Justificar os sentidos pela forma de ser me parece fácil, já que o trabalho de mudança deve e está todo concentrado em minhas mãos...essas mãos que só procuram seus dedos por baixo do cobertor...
Com dois passos te alcanço, todavia não te tenho; com um sorriso te arranco um beijo e nenhuma palavra; com meu silêncio arranco o teu nada, o teu vazio; e com meu discurso direto e indireto consigo o dobro de dúvidas e de incertezas.
Melancolia de final de noite, dramaturgia de um dia todo buscando um sentido, um simples significado sem ao menos conseguir um terço; minhas horas estão sendo passadas assim, e como mais um pleonasmo não sei o que fazer!
Espero uma resposta tua, se é que algum dia terei...


?

por Keissy Carvelli

...inversão de valores, e não são os meus!

quarta-feira, maio 09, 2007

A falta do nexo

por Keissy Carvelli

Os dias confundem-se numa atitude impulsiva e imprópria, e todas as vagarosas certezas já conquistadas dissipam-se num sorrateiro vento istantâneo que passa pela janela do meu quarto, levando ainda meus olhos, meus tatos, minha paciência.
As palavras estão perdidas, eu estou perdida de mim, perdida em você, afogada num bando de sentimentos estúpidos que invariavelmente me levam ao mesmo ponto de partida, sem nem conhecer o de chegada. Eu mudo, falo, expresso, distribuo meus atos sem qualquer planejamento, e com tudo isso ainda não sou capaz de desfazer um mísero detalhe, um maldito de um antigo amor que vez ou outra dá sinal de vida dentro do teu peito, e me aperta dentre todos os espaços existentes.
Duvido de mim, da minha presença, dos meus objetivos, do destino, do acaso, e de todos os contos de fadas presentes em minha cabeça; o filme começou, o jantar é a luz de velas e eu, sentada à sua frente indago: por quê?!
São tantos os caminhos, tantas as memórias, os medos traduzidos e apagados nos beijos, tão intensos são os abraços, o desejo, a saudade...eu faço tanto pra lhe por no rosto um simples sorriso, eu dou tanto de mim para não te ver chorando...as poesias, são tuas, e só tuas! Os planos, os sonhos, os sonos...
Apega-te mais a mim, sinta-se mais em mim, encontre teu resto em mim...
Não, não devo pedir, não devo dizer nem mais uma palavra, não devo sentir, eu não deveria sentir, mas sinto e não me arrependo. Raios, quantas contradições!
Como sou capaz de me deixar contradizer por você? Como posso sorrir enquanto choro, entender enquanto tenho raiva, te querer tomar em meus braços quando devo te afastar??
Como te trago pra perto quando me machuco? Como salivo a boca quando devo jorrar as palavras??
Como perco a poesia, a sintaxe, e a rima? Como entro em confusão quando sou inteira de certezas??
Ahhhhh......como deixei tudo acontecer????
Desculpe meus erros, mas tenho horror às suas confusões, não suporto tua inconstância, teus equilíbrios que me desfazem em antíteses, tuas cautelas que me enchem de medos.
E eu só queria te conquistar, só queria te fazer feliz, só queria estar com você, e agora não estou nem comigo mesma!

Maldito texto mal feito....perdoem a falta de nexo! Os amores assim sempre serão!



terça-feira, maio 08, 2007

Três minutos

por Keissy Carvelli

A sala gozava de uma penumbra suave, tão visível quanto os olhos quase fechados, distribuídos por aquele corpo tão confuso e cheio de si inteiramente preso em meus braços.
Os lábios abriram-se num tom calmo, de um ar rarefeito e com poucas palavras pediu-me água; sorri pelo simples pedido, e completei perguntando-lhe que mais queria, os olhos fecharam-se de vez e uma única palavra se desfez em forma de pedido: VOCÊ!
A respiração não acompanhou o pulsar descontrolado do meu coração, e confesso que o mais difícil foi me levantar daquele sonho e ir até a cozinha buscar um simples copo d´agua gelada!

quarta-feira, maio 02, 2007

Peco, se for!

por Keissy Carvelli

Minha mãe é, definitivamente, o tipo de pessoa que eu não gostaria de conviver nem por um segundo. Talvez só pela minha infância já foi o suficiente!
E se ao ler essa frase você levou a mão à boca, achou um absurdo e ainda me rogou uma praga dizendo que mãe é sagrada e falar assim deste ser tão fraterno é pecado, te convido a passar um mês em casa!

E Feliz dia Das Mães!!

Uhul!

Voltar a ser bom (Parte 1)


Por Marcos Paulo


Quero me desprender de tanta coisa.
Tenho que me prender a tanta coisa.
Quero você e ao mesmo tempo eu acho que não vai dar mais.
Quero outros afazeres... outros pensamentos... outros ares... outras formas de me importar... outras tantas coisas...

Quero que essa dor de cabeça que sinto agora, por exemplo, vá embora.
E, junto com ela, todas essas coisas as quais eu quero me desprender.

Quero que você me tome de assalto, que me pegue em seus braços, que me beije como nunca antes tivesse; que me fizesse ter mesmo a certeza de que você me ama. Puxa, queria tanta coisa de você...

Mas, o que quero mesmo, é voltar a ser bom.
Como antes.


Na foto: palmeiras da Floresta da Tijuca.

Extremos suspiros

por Keissy Carvelli

Meus olhos suspiram fadigados
Destruídos na paciência
Nos meus próprios exageros
Só meus! Fartos e cansados
Só meus!

Procuro-te nos versos
Tão sóbria nos sentidos,
Tão sólida em minhas mãos
Tomo-te num só gole
Sonho-te nos sonos perdidos.

Leio teus olhares
E o mundo inteiro eu faço parar
Diante dos teus sorrisos,
Dos teus jeitos, aspectos...
Amo-te só por amar

Só meu é o exagero,
O extremo, e os absurdos
Só meu é teu beijo
Teu cheiro, tuas maneiras
Só meu o dilúvio dos meus mundos.

A culpa, a pressa
Inverte meu jogo
Meu ganha e perde
Traz consigo a velha idéia
Contida na doce espera

sábado, abril 28, 2007

Psicanálise aos prantos

por Keissy Carvelli

Escrevo compulsivamente apenas para tentar entender, preciso jogar as idéias em algum lugar onde eu possa confrontá-las de frente, analisar cada vírgula, cada ponto e então iniciar um processo de argumentação ou de idéia formada.
Talvez eu precise conversar, não parei diante de um longo papo profundo e filosófico depois de todos esses acontecimentos...tudo tão rápido, tudo tão intenso. Começa ano, faz 18, termina namoro, tira carta, inicia outro relacionamento, bebe, fuma, cursinho, novas experiências, novos príncipios, novas pessoas, blog, flog, família, dinheiro, viagem, mentiras, aaaaaaaaaaahhhh!!
Onde é que estou agora? Cadê o espelho? Preciso ver meu reflexo, minhas ações, meus descontroles...
Não sei andar devagar em certos assuntos, largo em último e corro, deixo o suor pingar, mas não descanso, corro tanto que chego a não enxergar nada, apenas corro. E diante disso não existe pessoa no mundo capaz de acompanhar...eu sou mesmo assim! Sempre de um extremo ao outro, de uma paixão a outro, de um sonho ao outro, de certezas a uma puta confusão. Eu sou mesmo assim.
E quem é que ousa se aproximar? Eu sou assim, já disse, mas preciso manter minhas ações distantes do coração e mais perto da cabeça, lá onde eu guardo a razão; preciso deixar de mover os pinos momentaneamente neste tabuleiro e analisar antes o jogo; preciso jogar os dados, olhar pra trás e imaginar os próximos passos. Desse modo ganhei uma vaga, não posso agora deixar a sede me levar a beber toda a água restante no cantil, preciso contentar-me com a conta gota.
Meu extremos são os reais inimigos, o meu intenso desequilíbrio; sou poeta* (não que eu seja de fato) , logo trato de paixões como os últimos suspiros, trato dos amores como vitais; eu sou o maior clichê, eu sei, jah disse, eu SOU! Será que assim fica claro? Sou aquela cena piegas de novela mexicana, sou a frase de amor eterno, a música melosa dos desfechos.
É...preciso planejar meus atos, não para evidenciar um lado calculista, mas para evitar meus exageros - e como essa palavra me soa pesada - , meus devaneios, minhas ilusões traduzidas em ações...
Desculpem a falta de poética do texto, a falta de propósito, de figuras de linguagem, destas só me resta ser paradoxo e hipérbole, e por hoje não escrevê-las; desculpem também os meus exageroas, 3 posts seguidos, puta que o pariu, quando é que vou me livrar disto?EXAGERO, talvez lendo em letras maiúsculas eu me assombre mais...
Desculpem essa publicação de conversa minha comigo mesma.

Essa minha maldita mania/característica capricorniana - ou o que quer que seja - em proteger de mais, em falar de mais, agir de mais, gostar de mais, ser de mais!!

Sem mais, ao menos por hoje!

[E partindo da fórmula chega-se a um valor onde, X é real e positivo; e olhar que de matemática eu nada sei, mas dos seus olhos...]

*poeta: teria eu, na forma culta e bem dita, que dizer poetisa, mas naum gosto de sua sonoridade, sua escrita, além de não achar que encaixe bem no texto. Logo, como tudo é meu, e quem "sou" sou eu, digo Poeta, e ponto!