terça-feira, julho 31, 2007

A credibilidade do palhaço

por Keissy Carvelli


"Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando... Falei, muitas vezes, como um palhaço, mas nunca desacreditei da seriedade da plateia que sorria."







[Charles Chaplin] - o eu lírico poderia muito bem ser eu!

.a credibilidade do palhaço está sempre em risco.

Entre sonhos

por Keissy Carvelli


Não perco o tempo contando os minutos
Não perco a vida contando as dores
Não perco essas dores contando os amores




[só algo que criei quando estava quase dormindo]

.agora sim tudo começa a ficar melhor.
.e eu amo a minha psicóloga =D.

domingo, julho 29, 2007

Ponto e vírgula

Por Keissy Carvelli

Acordei ainda com o sono pesando sobre os olhos, tendo no estômago aquela ansiedade própria dos últimos dias, onde não durmo, não como, e apenas espero o tempo passar. No celular uma mensagem anunciava a conversa que estaria por vir, e naquela ressaca nada mais poderia ser pior.
Sem muito para dizer apenas ouvi, com todas as nostalgias apostas e dispostas a passar; com meus dedos trêmulos calculando cada letra a ser escrita, cada gesto, cada pedaço. As lágrimas, guardadas no travesseiro daquela insônia, não desabaram; a pele mórbida não se desfez; o quarto escuro não tomou a luz, e sim, faltava algo ali.
Foi então que disse num tom calmo, naquelas linhas claras, num quase suspiro: “É de VOCÊ que eu gosto de verdade, e nossa história não acabou”. Mantive os olhos fixos, e amaldiçoei essas milhas que me separam da “nossa história”. Amaldiçoei todas as condições físicas contrárias ao procedimento natural da relação. Amaldiçoei essa maldita distância.
A hora então, é de desafiar o destino, confiar nos propósitos do tempo, e deixar os minutos tomarem seus rumos concretos, para que assim a história, que hoje tem cinco capítulos escritos, finalmente entre em seu clímax, com seus personagens principais, e não com essa figuração aleatória que por vezes teima em aparecer.
A hora então, ainda não é nossa, mas tudo está guardado, bem guardado nas cartas escritas, nos sentidos, nas feições, nas conquistas. Tudo está bem guardado num lugar seguro, onde nada pode atrapalhar; e ambos sabemos que a vida segue enquanto os olhos não se cruzarem, entretanto, “quando os seus olhos me encontrarem na esquina do seu apartamento irão saber”, assim como nós, que definitivamente
NOSSA HISTÓRIA NÃO TERMINOU!



.pronto, pela última vez está dito!E entenda muito bem, você que finge não saber da situação.

sábado, julho 28, 2007

Vogais e Consoantes Ao Vento

por Gleice Couto

Quando penso que o seu rosto se esvaeceu,
Eis que o vejo mais nítido, como sempre foi.
Na verdade, ele sempre esteve alí.
Quando penso que dei um passo à frente,
Eis que percebo que voltei ao ponto de partida,
Provavelmente o lugar de onde nunca saí.
E, nessas linhas mal escritas,
O que sinto se transforma em palavras,
As palavras se disfarçam de verdades,
Tornam-se gastas,
Apagadas com o tempo,
Esquecidas –
Apenas combinações de vogais e consoantes ao vento.
Tudo faz parte do que não devo ser,
É o que não posso ter,
Ou supostamente ler.
Quem dirá escrever!
Rimas que não faço para harmonizar,
Apenas expressar o que aqui está.
Está onde?
Coração?
Mente?
Horizonte!
Olha! Outra rima!
Dessa vez calculada,
Mas nem por isso culpada.
Simetria inexata de uma sensatez absolvida
Ou definição exata de uma imaginação incriminada?

sexta-feira, julho 27, 2007

Ah, são coisas da vida

por Keissy Carvelli

Não foi a primeira decepção...


















...e não será a última!

quinta-feira, julho 26, 2007

PQP

por Keissy Carvelli


Não sei porque eu ainda insisto em ficar vendo o que não devo nessa internet maldita!! Estou a um passo de mandar tudo pro inferno!!



[ Puta que o pariu, isso dói pra caralho! ]

quarta-feira, julho 25, 2007

Falling

por Keissy Carvelli

Foi como um sonho, as melhores cenas, os melhores sorrisos, os meus melhores sorrisos. Nem sei ao certo como começou, quando vi eu já estava ali, apostando todas as minhas cartas num único jogo, numa única incerteza, em você.
Quando percebi eu já não dormia mais sem antes pensar qual seria seu perfume, seus defeitos, suas manias; eu acordava e desejava ver seu rosto caminhando pela casa; eu cantava e tentava adivinhar suas feições...
E foi assim, quase como imaginei: os primeiros filmes, as primeiras músicas, os bilhetes, os beijos, as cartas, os risos. Minha mão ficava tão bem por entre teus cabelos, meu violão combinou tanto com a decoração da sua sala, minha escova de dentes coube perfeitamente no armário do seu banheiro, e minha letra se encaixou discretamente no seu azuleijo.
Não sei, portanto, o que houve. Nada mudou em mim, e isso eu lamento. Eu poderia ter esquecido, deixado pra trás; eu deveria talvez ter assimilado como um sonho de fato, e esses nunca duram tanto.
Durou pouco mais de três ou quatro meses hipoteticamente, e eu não deveria estar chorando por isso; durou o suficiente para eu não esquecer; durou o bastante para eu não querer deixar para trás.
Formalmente não havia nada de sério, mas só eu sei o quanto eu me dediquei a isso, só eu sei o quanto eu desejei a cada dia estar mais perto...e agora eu nem sei exatamente o que ando sentindo.
Eu sei que acabou, não que a gente tenha começado algo de fato, mas acabou. Eu devo, talvez, tentar entender, e parar de me apegar a detalhes que só eu percebo. Eu devo parar de me agarras às migalhas, eu devo parar de tentar te entender, de tentar sufocar tudo isso...
Como pode eu ter sentido tanta coisa assim? Como posso ainda me lebrar das cenas de um mês atrás? Como posso ainda saber cada pedaço do seu sorriso? Como posso não ter lavado ainda seu moletom?
Como pode ter existido tantos olhares, tanto sentimento, tantos beijos, tantos abraços, tantas despedidas em lágrimas? Como eu posso ter dito tantos amores, ter recebido tantas cartas, ter sentido tantos olhares, e agora simplesmente não ouvir meu celular tocando com o seu nome na tela?




.será que fui tão pouco importante assim?.
.será que tudo passou tão rápido?.
.será que você mudou tanto assim?.
.ou será que eu te inventei da forma como eu quis?.


[Não importa se você diz amar alguém, isso é um sentimento seu, e você deve lidar com isso. O que importa é o que faz para quem você diz amar, isso sim faz a diferença - acabei de ouvir isso em um filme, e devo concordar com tal.]


P.S: amanhã vou me arrepender, e me sentir idiota, por ter escrito tudo isso! Mas talvez ninguém leia isso mesmo!

terça-feira, julho 24, 2007

México,aí vamos nós!

por Keissy Carvelli

Eu não queria perder, mas já o fiz; não queria chorar, mas já o fiz; também não queria amar, mas também já fiz!!!



[Devo seguir em frente...caso não dê certo eu fujo para o México, adoto um nome composto, bebo tequila e trabalho em novelas =D ]

sábado, julho 21, 2007

Notícias póstumas

por Keissy Carvelli


A mídia e o ser humano como um todo é realmente incrível - em seu tom mais irônico - : Antônio Carlos Magalhães morre, e de um quase "coronel" passa a ser um defensor da democracia e afins, tendo seu nome e suas grandiosas frases expostas no jornal, que cita como qualificação o fato do tal político defunto nunca ter abandonado Fernando Collor de Melo!!!
Tenho até medo do que dirão os jornais quando Renan Calheiros, ou Paulo Maluf passarem dessa pra uma melhor!!




[será que se eu morrer todos que hoje me criticam falarão bem de mim?? ¬¬ Eu definitivamente detesto esse tipo de coisa!]

sexta-feira, julho 20, 2007

Ahá Uhú

por Keissy Carvelli

O vôlei feminino perdeu o ouro, e meu mundo quase caiu! Tô pensando em passar por lá, bater um papo com elas, conhecer o time dos Estados Unidos, e quem sabe assistir ao hand evisitar o Cristo!!



E só para deixar claro, eu sou normal! E estou ligadíssima ao PAN! =D

quinta-feira, julho 19, 2007

Na boca do sapo

por Keissy Carvelli


Todos os indivíduos da mesma classe "parental" de uma mesma família deveriam, por lógica, escoltar e proteger uns aos outros dos comentários maldosos, e dos boatos recorrentes que por vezes surgem trazendo medo e problemas irreparáveis.
Usando o português bem claro e chucro eu diria que se a vida é individual as escolhas e problemas também devem ser, logo, eu não falo de ninguém e esse tal ninguém não deve falar de mim, certo? Não.
Por aqui os princípios são invertidos: a prima mais velha e gente boa de outrora torna-se a fofoqueira de agora, ferrando, assim, com a prima mais nova, no caso EU. A tia desocupada reproduz os boatos, a prima velha que tenta ser jovem comenta e se espanta, a pirralhada ouve e num processo "papagaio de pirata" imita os sons das novidades, e por fim, num lindo e hipócrito almoço de família as cabeças rolam na fogueira dos bons costumes, enquanto os tais moralistas se enfiam em brigas idiotas por dinheiro ou coisa que o valha.
E quer saber, se eu fosse rica tudo o que eu fizesse seria pseudamente aplaudido ou titulado como "aproveitar a vida", e não visto com esses olhos de desprezo e essas bocas de maldição.
Tirando uma conclusão eu digo: tudo o que é imposto não é bom, e família nada mais é do que uma bela imposição do Cara lá de cima, e perdoe-me a malcriação, mas na fila dos parentes eu tive um azar que vou te contar viu?!




[vou cortar meus pulsos com o cd da Gretchen e fugir para o México, vamos?!]

.Acho que preciso parar de ouvir Ana Carolina, essa noite sonhei com ela..e bem o sonho...=x.

segunda-feira, julho 16, 2007

A canção tocou na hora errada

por Keissy Carvelli


"A canção tocou na hora errada,
E eu que pensei que eu sabia tudo
Mas se é você eu não sei nada,
Quando ouvi a canção, era madrugada
Eu vi você, até senti tua mão e achei até que me caia bem como uma luva
Mas veio a chuva e ficou tudo tão desigual
A canção tocou no rádio agora, mas você não pode ouvir por causa do temporal.
Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
A canção tocou na hora errada,
Mas não tem nada não, eu até lembrei das rosas que dão no inverno
Mas guardei tuas cartas com letras de fôrma
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora
Mas já não sei de que forma mesmo você foi embora"



-ser a pessoa certa na hora errada, e saber que existe uma pessoa errada na hora certa nem sempre é bom =/ . A propósito, a música acima é da Ana Carolina.

domingo, julho 15, 2007

Trecho de uma música qualquer II

por Keissy Carvelli


"Morando nos meus sonhos e na minha memória"



[é, voe por todo o mar, e volte aqui]


sábado, julho 14, 2007

NA MINHA CURTA MANEIRA (Parte 7) OU BOICOTE


Por Marcos Paulo

Acabei de perceber que sem querer estou me boicotando!

E que falta de respeito comigo mesmo!


Onde está minha vontade de fazes as coisas?


Por onde anda o meu potencial realizador? Vou culpar ao sono, ao cansaço, à falta de tempo, de dinheiro, ao PAN, à saudade, a incompreensão, às dificuldades, às coisas insignificantes, à irritação infundada, ao desejo irrefutável, à pilha de livros do mestrado e às apostilas do concurso que eu só fico a olhar.
A Eletrobrás e a Petrobrás me boicotaram.
Boicotes são motivos de crises. No meu caso, crise interior. Beira da depressão. Eu nem sei o que é angústia, já me dizia meu fisioterapeuta.
Boicotes são motivos de demissão. Mas não tenho como me demitir. Até que ser demitido seria uma boa saída. Tenho, sim, como demitir um monte de gente que não me serve, um monte de coisas que me chateiam, casos e fatos que me assolam, diretrizes e vieses que não se fundamentam.
Putz! Como se boicotar a si próprio?
Sei lá, só sei que tenho feito!
"Eu não gosto quando ajo dessa forma".
E a carta na manga, que puxo agora: "...quer saber, já foi! Vou cuidar de mim..." e "eu posso fazer isso sozinho", RETORNAR AO ESTABELECIDO, antes que o boicote se fundamente.
Acendi o alarme!
E fiquem tranquilos: boicotar-se é fácil, como também é fácil boicotar o boicote.

sexta-feira, julho 13, 2007

Trecho de uma música qualquer

por Keissy Carvelli


"eu não quero cantar pra ninguém a canção que eu fiz pra você, que eu guardei pra você..."


[Ana Carolina - minha atual trilha sonora dos dias tediosos, que, a propósito, fala tudo o que eu preciso ouvir]




Aliás, apesar de ter acordado às 7 da madrugada pra ir tirar sangue o dia está bem melhor. Claro, que dormi até às 13:00, e ai sim tudo ficou bom! Ah, e minha prima não vai mais pra São Paulo, e provavelmente vai estudar comigo. Só não coloco muita expectativa porque ultimamente tudo tem dado errado ¬¬. Psicologia reversa, então! Urgh, chega!!

Estúpido diário

por Keissy Carvelli

Meu propósito não era despejar aqui tudo aquilo que anda preso, relutei, e só eu sei o quanto, porém não vejo outra saída. Confesso que deveria estar escrevendo tudo isso num diário qualquer, numa agenda, num velho caderno, ou num pedaço de folha, porém tal ato significaria uma exposição prestes a ser lida por um dos membros de minha casa, e eles definitivamente não precisam saber o que eu penso, logo, existindo e precisando, faço deste canto um refúgio quase secreto, e dúvido que alguém vai perder tempo lendo estas previsíveis besteiras do meu interior, do meu egocentrismo.
Aviso logo que não usarei de nenhum recurso linguístico, nada rebuscado, nada culto, tampouco poético, tomo o posto de desespero e entrego palavras sem qualquer domínio sobre elas, e vou assim, falando tudo o que me alivia. E é por isso que, às 02:35 de uma quinta-feira fria me deparo diante de um computador e muitos lamentos.
Nos últimos dias me vi perdendo muitas das coisas que conquistei durante meus 18 anos, perdi minha liberdade parcial, minhas máscaras, minhas quase mentiras, e ainda deixei escapar pelos dedos toda a confiança depositada em mim. Perdi, assim, como num passe de mágica. Em 2 minutos fui apresentada ao inferno emocional sem nem ao menos escolher se gostaria ou não.
Custo a acreditar que tudo tenha acontecido de fato, mas a indiferença diante de mim não me deixa esquecer, fui pega, tiraram minhas armaduras e jogaram sal sobre todas as feridas.
Desde então tudo o que tenho feito é pensar, ler algum livro, ouvir música e ver filmes que por algumas horas me distraem, levando minha cabeça distante dela mesma. A minha voz já não ouço mais, toco violão sem muita vontade e num tom muito baixo, as músicas feitas são melancolicas, mas com uma ponta de esperança, traçando um lindo paradoxo. Meus olhos fitam cotidianamente o chão claro, e quase pude esquecer das feições de reprovação vindo ao meu encontro.
As lágrimas as vezes correm, outras ficam presas bem ao meio da garganta, causando uma aflição desesperadora; meu estômago rejeita certas refeições, e fermentam com qualquer notícia nova. Já não tenho vontade de conversar, e escrever me cansa. Sentir também me cansa.
Vejo então tudo ao meu redor funcionando normalmente, as pessoas aproveitam suas férias, saem, dançam, bebem, riem -faz um bom tempo que não dou uma daquelas risadas gostosas-, uns seguem seus planos traçados e vão atrás de suas vidas, enquanto eu apenas penso se vou sair ilesa dessa.
Não me encaro no espelho, tenho medo de sentir pena daquele rosto que não esconde a melancolia idiota, tenho medo, ainda, de ter que assumir que talvez eu não possa dar um jeito nisso. A armadilha me pegou como um rato é pego na ratoeira, e sem esboçar nenhum ruído eu vou tentando me livrar sem saber ao certo por onde.
E parece que tudo acontece de uma só vez, já não tenho certezas para me prender, não tenho aquelas seguranças das quais eu costumava me esconder, me apioar. E no meio de tudo isso existia uma única coisa que me fazia sentir bem, me aliviava, mantinha minhas rezas noturnas, meus sonhos mais leves....era um tipo de sentimento que me mantinha sonhando, sorrindo, e compondo certas canções de amor. Era o tipo de sentimento que não foi abalado, que se mantinha ali, forte, concreto, certo do que era realmente certo, e quando tudo estava uma merda gigantesca era neste sentimento que eu pensava e tinha absoluta certeza de que estava no caminho.
O que acontece é que num momento, como este, sinto que estou perdendo aquela minha certeza; sinto que estão se perdendo de mim, que me deixaram sozinha num oceano sem horizontes -cara, isso ficou muito brega-. Sinto que aquele ponto distante de meio sorriso pode estar seguindo sua vida, e desta vez sem eu estar presente, e isso nunca me fez tão mal quanto agora. E o drama todo é que eu, na minha miserável distância, não tenho nada a fazer.
E sabe, eu não quero perder, e por isso me comporto como uma absoluta idiota possessiva; cometo erros que tornam tudo mais difícil, e não tenho a capacidade de estar lá para quebrar todo o clima com uma piada imbecil, com uma graça idiota. Eu não consigo fazer nenhuma graça idiota.
Eu não quero perder aquilo que me mantinha o brilho, eu não quero perder a cara de boba, eu não quero perder a única coisa boa que estava acontecendo. EU NÃO QUERO PERDER!!!!!
Tive, até o meio deste ano, os melhores momentos de toda a minha vida, vi estrelas deitada na grama, ri de besteiras ditas de madrugada, aprendi a fazer o melhor strogonoff do mundo, fui às melhores festas com as melhores pessoas, arrisquei meus medos, rompi princípios, gostei dos novos princípios, conheci pessoas incríveis, disse verdades olhando nos olhos, senti o coração saindo pela boca, senti minhas pernas trêmulas, perdi a respiração, vi o filme perfeito com a pessoa perfeita -pra mim- , realizei planos com detalhes, esperei, consegui, senti coisas inexplicáveis, conheci o melhor sorriso, o melhor entrosamento, a maior conquista, a melhor junção.
É...talvez eu tenha descoberto o melhor dos meus 18 anos, e não me arrependo de nada, nem por um único segundo. Aprendi a viver.
Essa nostalgia ainda me mantém um pouco melhor, mas esta idéia de futuro incerto acaba comigo, de verdade. Posso ter perdido tudo, liberdade, dinheiro, confiança, respeito, individualidade; posso ter perdido meu mundo interior no qual eu vivia muito bem, obrigada, entretanto tudo isso eu recupero em novas versões, em novos formatos. Já você.....esse é meu medo. As pessoas seguem suas vidas, e o caminho de volta nunca pode ser feito, são sentimentos irreversíveis, e meu medo está bem aí. Perder você. É neste pronome, em segunda pessoa, que me torno totalmente frágil, totalmente atônita, infantil, covarde.
E nada posso fazer. NADA!!! NADAAAAAA...pela primeira vez na vida não tenho um bom conselho pra mim mesma, não tenho um plano, uma espera, uma visão! Pela primeira vez na vida estou numa puta escuridão sem enxergar um palmo diante do nariz, E PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA EU NÃO TENHO NADA A FAZER, A NÃO SER ESPERAR!!!!!
Como eu odeio esperar, como eu odeio ter que me basear e me projetar numa felicidade espontânea lá no futuro. Puta que o pariu, eu passei a vida inteira projetando meu futuro, e fui feliz, mesmo assim, no presente. Vivi 6 meses inteiramente no presente, visando sim o ano que vem, mas aproveitando cada maldito de um segundo, e agora tudo o que eu tenho é um futuro incerto. Tudo o que eu tenho é você no incerto, eh a distância de todos que estão vivendo suas vidas, enquanto eu me encontro sozinha num quarto vazio cheio de lembranças, e cartas e um estúpido computador para o qual eu conto minhas neuroses.
Tudo o que eu tenho é esse velho violão que soa as mesmas notas, as mesmas melodias...tudo o que me resta é essa televisão que apenas me distrai da merda que está minha vida.
Veja só, minha prima está mudando, e dessa vez não é para a cidade ao lado. ELa está indo construir a vida dela em Sâo Paulo, numa ótima faculdade, ao lado de pessoas maravilhosas....ela, que sempre foi a minha protegida mesmo tendo a mesma idade, está indo se virar sozinha, está crescendo. ELa que sempre morreu de vergonha de tudo e sempre pedia minha ajuda para tudo está indo viver sozinha numa cidade enorme, e ela vai saber se virar. ELa não precisa mais da minha proteção, ela não precisa da minha maturidade, não precisa que eu ensine as coisas, ela simplesmente está fazendo o que eu gostaria de fazer.
Meus amigos estão bem, obrigada. Continuam bebendo, rindo, dançando, mesmo que na minha ausência; eles não devem parar por minha causa...o mundo não pode parar porque estou fudida.
Está tudo tão desigual por aqui, enquanto lá fora tudo parece o mesmo. E eu continuo presa dentro de mim, dentro dos meus devaneios, das minhas melancolias, dos meus excessos, da minha falta de tudo, da minha hipócrita espera por dias melhores.
O que me faz acordar, por hora, é a terapia semanal com uma psicóloga desconhecida, da qual eu me agarro na vaga tentativa de encontrar uma forma nova de lidar com as coisas.



[não tente ler tudo, além de estar porcamente escrito não vai te levar a lugar algum. São meus estúpidos lamentos, minhas dores, meus xingamentos, minha auto piedade, minhas auto destruição. Vá ler um bom livro, isso sim te fará bem. Se tiver tempo, venha a minha casa bater um papo, ou talvez me contar uma piada, isso me fará bem; se é que se importa.!]

quinta-feira, julho 12, 2007

Sonora

por Keissy Carvelli

Silêncio, é tudo o que eu posso ouvir!

quarta-feira, julho 11, 2007

Ditado popular

por Keissy Carvelli


"Água mole pedra dura tanto bate...até que a água acaba"




[odeio prever certas coisas]

Esquerda

por Keissy Carvelli

A sala verde, como que por conseqüência, refletia meus olhos tão baixos como nunca estiveram, encarando por todo o tempo um chão sem cor, frio, e ditador dos meus passos regulares e anormais. O quadro posto ao meio da parede era um retrato nítido da minha atual situação, tendo, em seu plano superior, cores desgovernadas e espalhadas, numa mistura de confusão e ritual.
Ainda de cabeça baixa ouvi meu nome de um jeito sutil, e num súbito instante estava encarando todos os meus sentimentos mais obscuros e escondidos diante de um olhar atento.
O salário suado paga alguém para ouvir meus devaneios e besteiras interiores, quando tudo deveria ser ao contrário, e os ouvidos deveriam ser parte integrante da convivência, e não da falta dela.
Sou mais uma vez a doença crônica que arranha e não cicatriza, sou a noite mal dormida, o dinheiro jogado fora, o comentário em sussurro na cozinha, a indiferença e a punição vestida de pijama e tédio.
Sendo assim, articulo na minha mente fértil planos e ações que possam resultar numa quase liberdade, num quase alívio, e sem qualquer metáfora temo minha falta de iniciativa!
Maldito inferno do qual me enfiei sem escolha, malditas pernas que doem deixando claro meu conflito, maldita de mim, que mais uma vez precisa provar e reprovar tudo aquilo em que acredita. Maldita hora em que fui ser canhota, oposta e contrária.




[sem qualquer perspectiva a madrugada entra e um enorme desejo de pizza toma conta de mim]