sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Chegou a Turma do Funil

por Keissy Carvelli

O sol já nasce com um ar diferente, a "turma do funil" se reune, escolhe o melhor humor, busca a mais intensa alegria dentre tantos motivos para chorar, e deixa o som da bateria lavar a alma.
O samba no pé descarrega os pessimismo e desafetos, a velha marchinha traduz um sorriso de porta bandeira atento a todos os seus movimentos, em que o som vale mais que a ação, a ação mais que o coração, e a folia...bem, a folia é a esperança tecida em pequenas notas de um instrumento de sopro qualquer.
Não importa como é a "cabeleira do zezé", muito menos se "ele é", a "maria sapatão" pode ser Maria ou João, de dia ou a noite; você pode pensar que "cachaça é água", se ela vem do alambique ou do mineirão, tanto faz; a pipa do vovô pode até não subir mais, nada importa em cinco dias onde o brasileiro é mais nacional, onde o estrangeiro é mais nacional, onde o Rio é mais colorido, onde São Paulo não é um buraco negro, onde a Bahia é sua própria identidade, onde eu sou mais eu.
Onde o "Tudo" é tocado em tambores de percussão, em ritmo frenéticos, em solos coletivos de um país inteiro entregue a nossa maior paixão.
E eu?! bem, eu só paro na quarta-feira, onde os pecados são absolvidos, e todas as fantasias são guardadas dentro do ármario.

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