quarta-feira, julho 25, 2007

Falling

por Keissy Carvelli

Foi como um sonho, as melhores cenas, os melhores sorrisos, os meus melhores sorrisos. Nem sei ao certo como começou, quando vi eu já estava ali, apostando todas as minhas cartas num único jogo, numa única incerteza, em você.
Quando percebi eu já não dormia mais sem antes pensar qual seria seu perfume, seus defeitos, suas manias; eu acordava e desejava ver seu rosto caminhando pela casa; eu cantava e tentava adivinhar suas feições...
E foi assim, quase como imaginei: os primeiros filmes, as primeiras músicas, os bilhetes, os beijos, as cartas, os risos. Minha mão ficava tão bem por entre teus cabelos, meu violão combinou tanto com a decoração da sua sala, minha escova de dentes coube perfeitamente no armário do seu banheiro, e minha letra se encaixou discretamente no seu azuleijo.
Não sei, portanto, o que houve. Nada mudou em mim, e isso eu lamento. Eu poderia ter esquecido, deixado pra trás; eu deveria talvez ter assimilado como um sonho de fato, e esses nunca duram tanto.
Durou pouco mais de três ou quatro meses hipoteticamente, e eu não deveria estar chorando por isso; durou o suficiente para eu não esquecer; durou o bastante para eu não querer deixar para trás.
Formalmente não havia nada de sério, mas só eu sei o quanto eu me dediquei a isso, só eu sei o quanto eu desejei a cada dia estar mais perto...e agora eu nem sei exatamente o que ando sentindo.
Eu sei que acabou, não que a gente tenha começado algo de fato, mas acabou. Eu devo, talvez, tentar entender, e parar de me apegar a detalhes que só eu percebo. Eu devo parar de me agarras às migalhas, eu devo parar de tentar te entender, de tentar sufocar tudo isso...
Como pode eu ter sentido tanta coisa assim? Como posso ainda me lebrar das cenas de um mês atrás? Como posso ainda saber cada pedaço do seu sorriso? Como posso não ter lavado ainda seu moletom?
Como pode ter existido tantos olhares, tanto sentimento, tantos beijos, tantos abraços, tantas despedidas em lágrimas? Como eu posso ter dito tantos amores, ter recebido tantas cartas, ter sentido tantos olhares, e agora simplesmente não ouvir meu celular tocando com o seu nome na tela?




.será que fui tão pouco importante assim?.
.será que tudo passou tão rápido?.
.será que você mudou tanto assim?.
.ou será que eu te inventei da forma como eu quis?.


[Não importa se você diz amar alguém, isso é um sentimento seu, e você deve lidar com isso. O que importa é o que faz para quem você diz amar, isso sim faz a diferença - acabei de ouvir isso em um filme, e devo concordar com tal.]


P.S: amanhã vou me arrepender, e me sentir idiota, por ter escrito tudo isso! Mas talvez ninguém leia isso mesmo!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu li!!!
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=18431616827732851608
;)

Anônimo disse...

Bom, não sei se vc vai voltar os dias pra ler isso daqui!
Mas... Sei que dá um aperto grande com certas coisas... Acredite ou não.
Não sei porque foi assim, nem o porque dos porques.
Enfim, não deveria...
O fato é que ainda existe uma coisa que se chama preocupar-se com. Sim, tem muita coisa que nem eu sei dizer porque, só sei que existe.

O que eu posso dizer hoje, é que eu espero muito que vc fique bem...
Digo com toda a verdade que pode existir em alguém, mesmo.

beijo