domingo, julho 29, 2007

Ponto e vírgula

Por Keissy Carvelli

Acordei ainda com o sono pesando sobre os olhos, tendo no estômago aquela ansiedade própria dos últimos dias, onde não durmo, não como, e apenas espero o tempo passar. No celular uma mensagem anunciava a conversa que estaria por vir, e naquela ressaca nada mais poderia ser pior.
Sem muito para dizer apenas ouvi, com todas as nostalgias apostas e dispostas a passar; com meus dedos trêmulos calculando cada letra a ser escrita, cada gesto, cada pedaço. As lágrimas, guardadas no travesseiro daquela insônia, não desabaram; a pele mórbida não se desfez; o quarto escuro não tomou a luz, e sim, faltava algo ali.
Foi então que disse num tom calmo, naquelas linhas claras, num quase suspiro: “É de VOCÊ que eu gosto de verdade, e nossa história não acabou”. Mantive os olhos fixos, e amaldiçoei essas milhas que me separam da “nossa história”. Amaldiçoei todas as condições físicas contrárias ao procedimento natural da relação. Amaldiçoei essa maldita distância.
A hora então, é de desafiar o destino, confiar nos propósitos do tempo, e deixar os minutos tomarem seus rumos concretos, para que assim a história, que hoje tem cinco capítulos escritos, finalmente entre em seu clímax, com seus personagens principais, e não com essa figuração aleatória que por vezes teima em aparecer.
A hora então, ainda não é nossa, mas tudo está guardado, bem guardado nas cartas escritas, nos sentidos, nas feições, nas conquistas. Tudo está bem guardado num lugar seguro, onde nada pode atrapalhar; e ambos sabemos que a vida segue enquanto os olhos não se cruzarem, entretanto, “quando os seus olhos me encontrarem na esquina do seu apartamento irão saber”, assim como nós, que definitivamente
NOSSA HISTÓRIA NÃO TERMINOU!



.pronto, pela última vez está dito!E entenda muito bem, você que finge não saber da situação.

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