por Gleice Couto
Quando penso que o seu rosto se esvaeceu,
Eis que o vejo mais nítido, como sempre foi.
Na verdade, ele sempre esteve alí.
Quando penso que dei um passo à frente,
Eis que percebo que voltei ao ponto de partida,
Provavelmente o lugar de onde nunca saí.
E, nessas linhas mal escritas,
O que sinto se transforma em palavras,
As palavras se disfarçam de verdades,
Tornam-se gastas,
Apagadas com o tempo,
Esquecidas –
Apenas combinações de vogais e consoantes ao vento.
Tudo faz parte do que não devo ser,
É o que não posso ter,
Ou supostamente ler.
Quem dirá escrever!
Rimas que não faço para harmonizar,
Apenas expressar o que aqui está.
Está onde?
Coração?
Mente?
Horizonte!
Olha! Outra rima!
Dessa vez calculada,
Mas nem por isso culpada.
Simetria inexata de uma sensatez absolvida
Ou definição exata de uma imaginação incriminada?
sábado, julho 28, 2007
Vogais e Consoantes Ao Vento
Postado por
Equipe Rabiscos À Mão Livre
às
10:32 AM
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2 comentários:
O.o
algumas coisas aih sao verdadeiras como aquelas frases do Shakespeare.
larari...
arrasou!
juro!
disse td pra mim
;*
keissy
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